Uma equipe de astrônomos da Universidade Nacional Australiana (ANU, na sigla em inglês) acaba de descobrir que emissões de raios gama anteriormente atribuídas às chamadas ‘bolhas de Fermi‘ podem ter como origem pulsares em uma galáxia anã que orbita a Via Láctea.

As bolhas de Fermi, descobertas em 2010, são gigantescos aglomerados de gás que emanam do centro da Via Láctea e irradiam mais energia gama do que todo o restante da galáxia. Dentro das bolhas, uma formação conhecida como ‘casulo’ é responsável por grande parte dessa energia.

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Agora, os pesquisadores da ANU encontraram um objeto cuja localização coincide com a do casulo: o centro da galáxia anã de Sagitário, que está a caminho de ser desintegrada e consumida pela Via Láctea. Isso os fez reavaliar a real origem dos raios gama e, eventualmente, concluir que sua origem mais provável é a galáxia.

Fábrica de raios gama no espaço

Mas o que estaria produzindo esses raios gama? Na Via Láctea, eles são gerados, principalmente, pela colisão entre raios cósmicos e os gases que flutuam no meio interestelar. Contudo, a galáxia anã de Sagitário é desprovida desses gases, já que a gravidade de nossa galáxia os “sugou”.

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Logo, os astrônomos concluíram que os raios gama provavelmente advêm dos chamados ‘pulsares de milissegundo’, um tipo de estrela de nêutrons assim chamado devido ao seu ritmo de rotação extremamente rápido, na escala dos milissegundos. Essa mesma rotação emite jatos de radiação de seus pólos – incluindo a radiação gama.

Essa descoberta indica que galáxias anãs e esferoidais como a de Sagitário são capazes de produzir mais radiação do que o esperado.

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Segundo os pesquisadores, isso estimula a comunidade científica a olhar com mais atenção essas galáxias pequenas e fracas, a fim de rever sua compreensão a respeito dessas formações celestiais e das antigas populações de estrelas que elas contêm.

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