A Mercedes-Benz está de olho no mercado de veículos elétricos, e acabou de divulgar parceria com a Rivian. A intenção das empresas é produzir vans elétricas na Europa, e isso pode ser considerado um raro exemplo de cooperação entre uma montadora tradicional e um novo concorrente.
De acordo com a Mercedes, a intenção é criar uma fábrica na Europa Oriental, um dos locais da Mercedes na região. Sendo que sua principal fábrica fica em Kecskemet, Hungria, a sudeste de Budapeste.
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Em comunicado, Mathias Geisen, chefe da Mercedes-Benz Vans, afirmou que sua empresa e a Rivian irão produzir diferentes produtos na fábrica e vendê-los separadamente.
Ainda segundo Mathias, o foco desse acordo é dividir os gastos de fabricação. Porém, Geisen não descartou que as duas empresas compartilhariam conhecimentos especializados.
A Mercedes, que já possui muitas décadas de experiência em fabricação, pode auxiliar a Rivian a passar pelas turbulências que tem tido na produção em massa de veículos.
A Rivian, fabricante de picapes elétricas, SUVs e vans, pode ser capaz de oferecer tecnologia Mercedes para baterias e softwares.
“Se vemos que há bons efeitos para ambos os lados, essa é definitivamente uma opção, mas isso não é uma obrigação”, informou Geisen.
Uma parceria entre uma empresa já consolidada no mercado e uma nova não é algo que se vê hoje em dia. Principalmente para a Mercedes, que tem suas origens no século 19, é incomum.

Um dos investidores da Rivian é a Amazon, e a empresa encomendou 100 mil vans elétricas, porém a Rivan tem lutado para as produzir com a rapidez suficiente. A Mercedes ainda afirma que busca que sua produção de vans acabe por ser toda elétrica, e que não apresentará quaisquer novos projetos com motores de combustão interna depois de 2025.
Os automóveis utilizados para entrega são vistos como uma ótima opção no segmento dos elétricos, pois geralmente percorrem distâncias limitadas durante o dia e podem recarregar à noite.
A parceria foi anunciada na última quinta-feira (08), e ambas as empresas ainda precisam acertar os detalhes e assinar o contrato, disse Geisen.
A produção na nova fábrica começará dentro de alguns anos, relataram as empresas, sem dar um cronograma mais preciso.
A fábrica em comum será focada na Europa, mas Geisen afirma que a cooperação nos Estados Unidos é possível. “Podemos contar mais assim que as negociações do contrato forem finalizadas”, relatou ele.
Via: The New York Times
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