Cães caçadores de cocô colaboram em pesquisa da NASA; entenda

Por Isabela Valukas Gusmão, editado por Lucas Soares 14/09/2022 11h25
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Imagem: Cachorros colaboram com pesquisa da NASA. Créditos: Best dog photo/Shutterstock
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A NASA usou uma matilha de cães para rastrear fezes de mustelídeos, como o furão e o vison, em águas residuais do oeste do estado de Montana, nos Estados Unidos. Essa busca que reuniu cientistas da agência espacial norte-americana, satélites e cães visa encontrar meios de restabelecer o ambiente em toda região e evitar que espécies de animais e plantas sejam perdidos devido à poluição.

Segundo a NASA, os cachorros foram treinados para encontrar qualquer tipo de material passível de conter resíduos com contaminantes artificiais, que participem da cadeia alimentar. O rastreamento rápido de mustelídeos requer mapas muito bons e precisos.

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A parceria entre os satélites e os cachorros trouxe resultados um pouco confusos até agora. Isso porque, apesar de poupar tempo e ajudar na previsão de condições meteorológicas e desastres naturais, as técnicas que usam inteligência artificial não produziram resultados tão assertivos.

Essa observação indica que as imperfeições na tecnologia precisam ser melhoradas antes de considerar que um modelo é de fato funcional para aquele determinado fim. Em um comunicado, o participante e especialista forense, Ngaio Richards, disse que “os cachorros encontravam lontras longe da área que fora projetada pelos satélites como habitat”.

Em outros momentos, os cães seguiram os caminhos apontados pelos satélites, mas não encontraram nada. Enquanto os cães buscam por evidências em terra, os satélites seguem medindo dados, como a umidade do solo, chuvas e temperatura da superfície.

A colaboração dos cães é um grande apoio

Os modelos utilizados visavam corretamente as zonas de amostragem próximas a rios, terrenos baixos e florestas sempre verdes, o que significa que as equipes terrestres não tinham que procurar por fezes de mustelídeos por muito tempo. Segundo o relatório da equipe da NASA, caso observações diárias, mensais ou anuais via satélite sejam feitas o modelo pode ficar ainda mais preciso

Além disso, um artigo produzido pela equipe da agência espacial norte-americana também elogiou a atuação dos cachorros em campo e o seu “notável olfato para proteger a vida selvagem e lugares selvagens”.

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Isabela Gusmão é estagiária e escreve para a editoria de Ciência e Espaço. Além disso, ela é nutricionista e cursa Jornalismo, desde 2020, na Universidade Metodista de São Paulo (UMESP).

Lucas Soares
Editor(a)

Lucas Soares é jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atualmente é editor de ciência e espaço do Olhar Digital.