O grupo turístico Aurora Chasers entrou em contato com um evento duplo no céu do Alasca, nos EUA. Além de ter visto o próprio objeto de busca, as auroras, ele testemunhou a passagem de uma trilha de satélites da Starlink, provedor de internet da SpaceX, no local.

Em entrevista para a SpaceWeather.com, o guia turístico Ronn Murray, que vive no interior do Alasca, comentou que a passagem foi simultânea: “Foi realmente linda”. Ele e sua esposa, Marketa Murray, conseguiram filmar o evento duplo para mostrar aos amigos e compartilhar o momento nas redes sociais.

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Além disso, Murray declarou que há muito tempo deseja contratar o serviço de banda larga da Starlink, que visa levar sinal de internet para lugares remotos, e apesar de ainda não estar disponível, ele ao menos viu os satélites do provedor no céu.

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Reprodução: Space.com

Os objetos que passaram pelo Alasca foram lançados no final de agosto, diretamente da Base da Força Espacial de Vandenberg, na Califórnia. Os aparelhos mostrados no vídeo ainda não estavam em sua órbita operacional, a 600 quilômetros de altitude. Naquela ocasião, a altitude em que se encontravam era de aproximadamente 320 quilômetros, um pouco menor do que aquela na qual a Estação Espacial Internacional está.

Interferência dos satélites na observação do céu

O Olhar Digital publicou recentemente uma matéria que aponta a preocupação da comunidade astronômica, nos últimos anos, com as ações da Starlink. Os pesquisadores acreditam que a grande quantidade de objetos pode interferir na visualização limpa do céu, principalmente por causa do brilho das estruturas. A SpaceX já afirmou que está tomando medidas para diminuir os satélites individuais, porém a preocupação persiste, especialmente dado o ritmo dos lançamentos dos satélites da SpaceX.

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Já foram lançados mais de 3.200 satélites no Espaço e, por enquanto, a empresa tem aprovação para enviar até 12.000 unidades. A SpaceX solicitou a um regulador internacional que esse limite seja estendido para mais de 30.000.

Esses objetos, localizados em pontos tão próximos da Terra, podem “facilmente ofuscar uma estrela de primeira magnitude”, escreveu a SpaceWeather.com. Segundo os críticos, mesmo com o ganho de altitude, eles ainda são visíveis para telescópios de campo largo como listras, e podem interferir nas observações de asteroides e outras formas de astronomia.

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Via: Space.com

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