Em um cenário onde o metaverso já é realidade, em que a sociedade 5.0 tem cada vez mais opções de serviços inovadores e se torna mais protagonista de suas escolhas digitais, o Phone As a Service chega como alternativa para ampliar a capacidade de conexão das pessoas, por meio da assinatura de celulares. Serviços digitais, como Netflix e Spotify, já fazem parte da vida cotidiana, e a tendência é que o modelo de recorrência se torne cada vez mais comum em todas as categorias.

Um levantamento da Juniper Research indica que o mercado global de bens físicos por assinatura deve saltar de US$ 64 bilhões em 2020 para US$ 263 bilhões em 2025 — quatro vezes mais em apenas cinco anos. O modelo as a service está apenas começando no segmento de telefones celulares e, a partir de agora, as pessoas podem ter acesso a smartphones de ponta todos os anos, acompanhando a evolução dos aparelhos sem precisar comprar cada modelo novo.

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O Brasil tem atualmente mais de um smartphone por habitante, segundo levantamento anual da FGV. São 242 milhões de celulares inteligentes em uso no país, que tem pouco mais de 214 milhões de habitantes, de acordo com o IBGE. A pesquisa mostra ainda que, ao adicionar notebooks e tablets, os aparelhos resultam em 352 milhões de dispositivos portáteis, o equivalente a 1,6 por pessoa.

Brasileiros estão o tempo todo colados nos próprios celulares: das compras on-line às redes sociais, fato é que, por aqui, comodidade na palma da mão importa, e muito. Com um mercado tão grande a ser explorado, globalmente, a competição entre as fabricantes se torna cada vez mais acirrada. Em abril de 2021, a sul-coreana Samsung ultrapassou a Apple em número de smartphones vendidos e, meses depois, a chinesa Xiaomi, que ocupava o terceiro lugar na lista, ultrapassou a gigante norte-americana.

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Nesse contexto, o Phone As a Service traz as vantagens da economia compartilhada a um segmento sedento por um modelo de negócio inovador. No caso dos celulares, a lógica é bem simples: o usuário paga um plano mensal ou plano anual que dá direito a um dispositivo de ponta. Depois de um ano, pode trocar novamente de aparelho ou até fazer upgrade para uma opção melhor. O sistema viabiliza, ainda, diferentes serviços agregados, como proteção de dados, seguro e assistência técnica. Portanto, não se trata de um simples aluguel, mas da oportunidade de ter um aparelho poderoso, pagando um valor fixo e acessível mensalmente.

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O modelo de assinatura ainda é mais sustentável, já que reduz a quantidade de lixo eletrônico e promove um consumo mais consciente. Hoje, apenas 10% dos brasileiros compram aparelhos usados, mas, esse percentual certamente deve subir nos próximos anos. É uma consequência direta da contratação de serviços e produtos com pagamentos recorrentes: está revolucionando a forma como as pessoas consomem e lidam com seus bens. Obter o bem não é mais necessário, quando ele passa a ser um serviço.

Outra intenção direta do modelo é a democratização do acesso a aparelhos, para pessoas que normalmente não teriam condições de adquirir. A reutilização pode garantir que todos tenham acesso a smartphones top de linha. Afinal, aquele dispositivo que não serve para alguém pode ser renovado para ser usado por outro dono — o que torna a tecnologia bem mais acessível.

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Ter um smartphone em mãos é mais do que obter um simples acessório, é uma ferramenta cada vez mais essencial na vida, no trabalho, nos estudos e no lazer das pessoas. Para muitos, é a única forma de se conectar à internet. Em uma nação que preza por esse bem, com mais de um aparelho por pessoa, a popularização de produtos e serviços inovadores terá o poder de transformar a sociedade.

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