Dinossauro “mumificado” com pele conservada é encontrado no Canadá

Por Isabela Valukas Gusmão, editado por Lucas Soares 19/09/2022 13h36
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Imagem: Representação em 3D de um tipo de hadrossauro, em cima de uma pedra. Créditos: Daniel Eskridge/Shutterstock
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Partes de um dinossauro fossilizado foram encontradas na encosta do Parque Provincial dos Dinossauros, em Alberta, no Canadá. O que mais chamou a atenção dos pesquisadores nesta descoberta foi que o animal manteve sua pele, assim como as múmias.

O paleoecologista da Universidade de Reading, Brian Pickles, que liderava a busca, identificou as partes como pertencentes a um tipo de hadrossauro. Trata-se de uma espécie herbívora, que media aproximadamente 4 metros de comprimento e era comumente encontrada no final do período Cretáceo, entre 75 e 65 milhões de anos atrás.

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Brian Pickles declarou que, pelo tamanho da cauda e do pé, o animal encontrado provavelmente é um jovem hadrossauro, quando adulta essa espécie é capaz de atingir 10 metros de comprimento. As próximas escavações vão ajudar a desvendar outras peculiaridades e fomentar novas pesquisas, principalmente sobre a aparência desse herbívoro.

Imagem: Diagrama das partes e estruturas expostas do dinossauro e do que pode estar por vir, nas próximas escavações. Créditos: Museu Real de Paleontologia do Tyrrell

A partir do que foi encontrado (cauda e o pé traseiro direito) e do estado de conservação dessas estruturas corporais, os cientistas estão confiantes de que o esqueleto completo está intacto naquele local. Acredita-se que a preservação a boa preservação de sua pele se deve ao fato de ter sido encoberta rapidamente após sua morte, que provavelmente ocorreu há 76 milhões de anos.

Órgãos interno de dinossauro podem estar preservados

Pickle está empolgado com as futuras escavações. Ele disse que “se tivermos muita sorte, alguns dos outros órgãos internos também podem estar preservado”. Descobrir isso ainda vai demorar algum tempo, pois esse tipo de empreitada deve ser feita de forma delicada e minuciosa para que a pedra, que abriga o fóssil, não seja destruída de forma a comprometer os remanescentes mortais também.

Por enquanto, a pedra será enviada para o Museu Real de Paleontologia do Tyrrell, onde os pesquisadores vão extrair o restante do fóssil. Há a esperança de que o crânio esteja intacto, com ele será possível identificar exatamente qual é a espécie de hadrossauro encontrada. Com o restante do corpo, os pesquisadores poderão estabelecer como ocorria o desenvolvimento desse bicho até chegar à fase adulta.

Via: Science Alert

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Isabela Gusmão é estagiária e escreve para a editoria de Ciência e Espaço. Além disso, ela é nutricionista e cursa Jornalismo, desde 2020, na Universidade Metodista de São Paulo (UMESP).

Lucas Soares
Editor(a)

Lucas Soares é jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atualmente é editor de ciência e espaço do Olhar Digital.