As florestas subaquáticas são desconhecidas por grande parte da população. Formadas por várias espécies de algas marinhas, elas são muito maiores do que imaginamos e abrigam diversas espécies que vivem no mar. Estima-se que essas florestas oceânicas cobrem uma área duas vezes maior que a Índia.

Recentemente, as algas marinhas têm enfrentado várias ameaças oriundas de ondas de calor marinhas e mudanças climáticas. As maiores espécies crescem tanto que chegam a formar copas florestais, que dentro da água, diante do jogo de luzes e sombras dão a impressão de movimento constante.

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Grandes espécies como o bambu-marinho e algas gigantes têm estruturas cheias de gás que funcionam como pequenos balões e as ajudam a criar vastas copas flutuantes. Essas ações podem ser fomentadas diante da disponibilidade de gás carbônico e pela capacidade que essas estruturas têm de sequestrar carbono e crescer rapidamente.

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Um dos desafios enfrentados pelos cientistas é estimar a área cobertura dessas florestas. Em terra, é possível realizar a mensuração por satélite, porém, embaixo da água, essa tarefa fica muito mais complicada, pois os satélites ainda não conseguem alcançar esse estrato do planeta de forma eficiente.

Por enquanto, o mapeamento é feito com base em milhões de registros subaquáticos da literatura científica, repositórios online e iniciativas de ciência cidadã. Através dessas informações, os pesquisadores descobriram que essas florestas cobrem entre 6 milhões e 7,2 milhões de quilômetros quadrados, um porção maior que a própria Amazônia.

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A taxa de crescimento dessas florestas também precisou ser medida manualmente, com mergulhadores, já que os dados também eram escassos e não unificados. Concluiu-se que as florestas oceânicas são mais produtivas do que muitas culturas intensamente cultivadas, como trigo, arroz e milho. Essa maior produtividade foi encontrada principalmente em regiões temperadas, que geralmente são banhadas por água fria, rica em nutrientes.

Aplicabilidade das florestas aquáticas no cotidiano

Agora, resta direcionar esses conhecimentos para criar soluções que possam talvez ajudar na redução da insegurança alimentar no mundo. Fazendas de algas marinhas poderiam atuar de forma complementar à produção de alimentos em terra e impulsionar o desenvolvimento sustentável.

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Outro ponto interessante está vinculado ao rápido crescimento dessas algas, que utilizam grandes quantidades de dióxido de carbono, para se desenvolver. Elas retiram grande parte dessa molécula da atmosfera, e podem desempenhar um papel na mitigação das mudanças climáticas, ao reduzir a presença desse gás que promove o efeito estufa.

Entretanto, esse é um cenário que precisa ser observado com cautela, uma vez que as florestas oceânicas enfrentam condições muito difíceis, que resultaram no desaparecimento de grandes extensões de algas e consequentemente na perda de habitat. O aquecimento global também contribui para o aumento da temperatura dos mares, algo que desfavorece a disponibilidade de nutrientes e desencadeia um ciclo de reduções. Diante desse cenário, é muito importante que a comunidade científica invista no estudo e na conservação dessas florestas.

Via: Science Alert

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