Caverna funerária da época de Ramsés II é encontrada em Israel; veja fotos

Por Rodrigo Mozelli, editado por Acsa Gomes 20/09/2022 06h30, atualizada em 21/09/2022 14h14
Compartilhe esta matéria
Ícone Whatsapp Ícone Whatsapp Ícone X (Tweeter) Ícone Facebook Ícone Linkedin Ícone Telegram Ícone Email

Arqueólogos encontraram, na praia de Palmachim, ao sul de Tel Aviv, em Israel, uma caverna intocada de 3,3 mil anos. Dentro, foram encontrados artefatos datados de período próximo ao do reinado de Ramsés II, considerado o faraó da história bíblica do Êxodo do Egito.

A construção natural foi encontrada por acaso, durante obras no parque nacional local, quando uma rocha se deslocou após a colisão de um trator, revelando o teto do local, segundo informações do The Jerusalem Post.

Leia mais:

Os pesquisadores contabilizaram dezenas de vasos inteiros de cerâmica e bronze, da mesma maneira na qual foram colocados em cerimônia de enterro comum no final da Idade do Bronze. Foram encontrados também esqueletos humanos.

Vasos eram utilizados como oferenda pós-morte (Imagem: Divulgação/IAA)

“Este é um achado único na vida! Não é todo dia que você entra em um ‘set de Indiana Jones’ – uma caverna com ferramentas no chão que não foram tocadas em 3,3 mil anos”, disse Eli Yannai, especialista da IAA (Autoridade de Antiguidades de Israel), em postagem no Facebook.

Na caverna, foram encontrados dezenas de objetos e esqueletos humanos (Imagem: Divulgação/IAA)

No texto, o IAA explica que os vasos encontrados são oferendas que iam seguiam com o falecido, na esperança de que estes servissem na vida após a morte. Além dos vasos, há ainda tigelas fundas e rasas de cerâmica, cálices com detalhes em vermelho e jarros de armazenamento, sendo alguns da costa libanesa.

Objetos foram datados do século XIII a.C., época de Ramsés II (Imagem: Divulgação/IAA)

Yannai detalhou que os objetos datam do século XIII a.C. “Neste período, no longo reinado da 19ª dinastia egípcia do faraó Ramsés II, o Império Egípcio controlava Canaã e a administração egípcia oferecia condições seguras para amplo comércio internacional”, salientou.

Para o pesquisador, a descoberta pode dar um quadro geral dos costumes funerários naquela época. Ele observou, ainda, que, como a caverna não foi descoberta e, portanto, invadida e saqueada desde que foi selada, haverá a utilização de métodos científicos modernos para recuperar informações dos artefatos e resíduos presentes, como restos orgânicos, mas invisíveis a olho nu.

Com informações de Galileu

Imagem destacada: Divulgação/IAA

Já assistiu aos novos vídeos no YouTube do Olhar Digital? Inscreva-se no canal!

Rodrigo Mozelli é jornalista formado pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP) e, atualmente, é redator do Olhar Digital.

Acsa Gomes
Redator(a)

Acsa Gomes é formada em Comunicação Social com ênfase em Jornalismo pela FAPCOM. Chegou ao Olhar Digital em 2020, como estagiária. Atualmente, faz parte do setor de Mídias Sociais.