Uma das palavras de ordem da transformação digital é o compartilhamento. Não apenas pelo fato de o usuário conseguir divulgar seus próprios conteúdos e ter uma interação maior com as marcas na web, mas principalmente diante da possibilidade de os dados digitais trafegarem de um sistema a outro, permitindo o desenvolvimento de soluções mais customizadas e alinhadas às necessidades das pessoas. Em suma: as empresas precisam cada vez mais estimularem esses ambientes de troca.

Isso é possível graças às APIs, sigla inglesa para interface de programação de aplicações. É por meio delas que diferentes sistemas se conectam, permitindo que os dados possam trafegar com mais eficiência e rapidez. Numa comparação simples, é como se as APIs fossem os garçons de um restaurante, que conecta seus desejos e apetite ao menu completo de pratos que existem no restaurante, sem que você tenha que se preocupar com as complexidades do funcionamento do restaurante ou do processo de preparo da comida.

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Assim, você consegue focar na experiência que busca ao ir ao restaurante, confiando que o “o garçom” irá te trazer exatamente o que você pediu. Um problema nesse fluxo pode causar uma quebra nessa experiência, por isso as empresas precisam garantir um bom funcionamento desse fluxo para evitar prejuízo em seus processos.

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Caixa Econômica Apostas. Imagem: Shuttersotck

É um assunto tão importante no universo tecnológico que ganhou uma expressão própria: API Economy, ou simplesmente economia da API, designando a influência no dia a dia das empresas. Para se ter uma ideia, o mercado de gerenciamento de APIs em todo o mundo deve valer US$ 5,1 bilhões até o fim de 2023, segundo projeção da MarketsandMarkets. Diante de tanto poder, qual é o papel dessas ferramentas na consolidação da proposta de Banking as a Service? Confira:

Mais eficiência velocidade aos processos
Sem dúvida, a principal vantagem das APIs em qualquer setor é a garantia de mais eficiência aos processos, entregando mais possibilidades de automação – e no mercado financeiro como um todo isso não é diferente. A principal função dessas interfaces é justamente melhorar o tráfego de dados entre os diferentes sistemas que se conectam por meio delas. Assim, os desenvolvedores conseguem criar recursos melhores, com time to market reduzido e uma melhor experiência ao usuário final.

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Segurança nas operações
A segurança da informação é uma das principais preocupações dos profissionais e especialistas em TI. Afinal, um ambiente de compartilhamento de dados, pode ser mais suscetível a ataques de cibercriminosos. As APIs também são muito importantes nessa jornada, pois uma API segura conta com níveis de acesso, permissões e escopos, além de proteções de conexão com dupla validação, entre outros mecanismos de segurança, que contribuem com a proteção digital das empresas. Quanto mais estruturada for, com permissões, criptografia e níveis de acesso, mais segura é a troca de informações.

Customização de projetos
Outra vantagem bastante útil das interfaces de programação para o conceito de Banking as a Service é a customização de projetos. O diferencial desse conceito financeiro é a possibilidade de criar soluções que façam sentido aos desejos e às necessidades dos usuários, uma realidade bem diferente do que eles encontravam anteriormente com os bancos tradicionais. Com as APIs, é possível criar operações específicas para um público, como carteiras digitais, transações e até concessão de crédito, em um modelo já fornecido pela parceira, sem que isso envolva o desenvolvimento de um software próprio.

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Facilidade de utilização
As APIs simplificam principalmente a vida dos profissionais que irão estruturar seus serviços financeiros. Mesmo quando as empresas contam com um time de engenheiros de software a sua disposição, é preciso garantir que todo o processo de integração seja o mais funcional e eficiente possível para que as companhias possam se dedicar a outros problemas. É por isso que as melhores soluções de Banking as a Service funcionam praticamente como um plug and play para adicionar recursos.

Respeito ao compliance
Por fim, as interfaces de programação também contribuem com o respeito da organização ao compliance e às normas que regem o setor financeiro. O conceito de Banking as a Service permite que qualquer empresa possa oferecer serviços desse tipo, mas isso não significa que estão imunes às regras que regulamentam o mercado. Assim, é necessário buscar parceiros que cuidam desses trâmites regulatórios para a empresa, entregando APIs que estejam em conformidade com tudo.

Tiago Cardeal da Costa é Diretor de Produtos e Tecnologia do Bankly

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