Nova técnica pode encontrar sinais de vida extraterrestre

Por Isabela Valukas Gusmão, editado por Lucas Soares 27/09/2022 14h41
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Imagem: Objeto voador não identificado, sobrevoando um campo terrestre. Créditos: Marko Aliaksandr/Shutterstock
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Cientistas que trabalham na busca por extraterrestres, na Iniciativa de Escuta Inovadora de Caça Alienígena, criaram uma nova técnica para analisar dados antigos coletados por radiotelescópios em busca de sinais que possam colaborar com a pesquisa por vida fora da Terra.

Segundo os dois pesquisadores envolvidos, essa nova técnica permitirá que faixas enormes do Universo sejam examinadas minuciosamente pelos cientistas envolvidos no SETI. Dessa forma, as chances de detectar “poderosos transmissores” em um Espaço distante serão maiores.

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Em entrevista ao Vice, o coautor do estudo, pesquisador da Universidade de Manchester e diretor do Jodrell Bank Center for Astrophysics, Michael Garret, disse que “acho que por um tempo percebemos que quando fazemos uma observação SETI com um radiotelescópio, somos sensíveis não apenas à estrela alvo no centro do campo, mas também a um pedaço de céu sobre o tamanho da Lua”.

Busca por extraterrestres

Garret acredita que dentro desse “pedaço de céu” há outros objetos, como as estrelas. “Até recentemente, não sabíamos como fazer uso desse fato porque não sabíamos a distância para essas estrelas”, disse.

Através do telescópio Gaia da Agência Espacial Europeia (ESA), Garret e Andrew Siemion, diretor do Centro de Pesquisa Berkley SETI e principal pesquisador do programa Breakthrough Listen, conseguiram de obter medições muito mais precisas, que podem auxiliar na busca por vida fora da Terra.

A partir dessas medições, eles puderam vasculhar mais de 400 pesquisas anteriores da Iniciativa Breakthrough da Via Láctea. Foram descobertos mais de 140 mil objetos que uma vez passaram despercebidos durante outras buscas feitas por vários telescópios.

De acordo com um comunicado dirigido à imprensa, dentre os objetos encontrados estavam núcleos galácticos, galáxias de rádio, uma galáxia cuja gravidade formou uma lente gravitacional, entre outros.Na entrevista concedida à Vice, Garret destacou a infinidade de possibilidades disponíveis quando um telescópio é apontado para o céus, “o campo de visão incluirá algum objeto cósmico interessante”, o que inclui a possibilidade de identificar sinais de vida extraterrestre.

Agora, a expectativa é de que com essa técnica de identificação exótica, os cientistas tenham mais uma ferramenta potencialmente capaz de identificar algum sinal alienígena, que também passou despercebido em exames anteriores.

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Isabela Gusmão é estagiária e escreve para a editoria de Ciência e Espaço. Além disso, ela é nutricionista e cursa Jornalismo, desde 2020, na Universidade Metodista de São Paulo (UMESP).

Lucas Soares
Editor(a)

Lucas Soares é jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atualmente é editor de ciência e espaço do Olhar Digital.