Será mesmo que a existência dos buracos negros se resume a aspirar objetos? Os cientistas passaram a se questionar sobre a função desse fenômeno cósmico e dentre as dúvidas surgiu uma um tanto quanto inusitada: e se um buraco negro explodisse, que aconteceria?

Além da “súbita e breve liberação de enormes quantidades de energia”, que é a definição do termo explosão, esse processo poderia acontecer de várias maneiras interessantes, seja através da auto aniquilação ou da explosão de ambientes próximos.

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Os buracos negros são capazes de explodir porque eles não são inteiramente negros. Essa descoberta foi feita em 1976, pelo famoso astrofísico Stephen Hawking. Em declaração ao Live Science, o físico da Universidade Estadual de Ohio, Samir Mathur, declarou que a descoberta Hawking na época, representou um contrassenso, pois “na física clássica, nada pode sair do buraco”. Porém, o astrofísico “descobriu que, com a mecânica quântica, o buraco lentamente vaza sua energia para o infinito, emitindo radiação de baixa energia”. Esse processo é conhecido como radiação Hawking.

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Se um buraco negro não está sugando material novo, ele lentamente perderá massa lentamente por causa da emissão de radiação Hawking. Um buraco negro normal com uma massa algumas vezes maior que o Sol, levaria 10¹⁰⁰ anos para evaporar completamente.

Hawking notou uma característica peculiar. Buracos negros menores evaporam muito mais rápido. À medida que um buraco negro reduz sua massa, ele emite cada vez mais radiação. Nos últimos momentos de sua vida, ele emite tanta radiação de forma tão rápida que atua como uma bomba, liberando muitas partículas e radiação.

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Buracos negros de Kerr

Nos buracos negros rotativos, conhecidos como buracos negros de Kerr, há uma ergosfera em torno de seus horizontes de eventos. Uma ergosfera é uma região alongada do espaço onde nada fica parado. Qualquer coisa que caia em direção ao buraco negro giratório começa automaticamente a orbitar o seu redor. Como até mesmo a luz é sugada por esses fenômenos, os que caem mais fundo ganham energia. A cada viagem do fóton pela estrutura concentra ainda mais energia na partícula. Esse processo é chamado de “superradiância”.

Se o fóton finalmente conseguir se libertar desse ciclo, ele terá uma enorme quantidade de energia em comparação com quando começou sua jornada. Se esse processo acontecer com uma grande quantidade de fótons, eles podem formar uma “bomba de buraco negro”. Esse efeito mostra que, apesar de não ser a explosão, ele pode insuflar componentes externos para que eles explodam.

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Esse processo pode acontecer com uma estrela, que é rasgada em pedaços graças aos efeitos de maré. Este processo de ruptura libera uma carga explosiva de energia. Astrônomos podem testemunhar da Terra a energia oriunda do evento, através de captadores de raios-X e raios gama.

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