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A China pode estar desistindo de incluir a Rússia no seu ousado plano de construir uma estação espacial na Lua. Isso não foi dito de forma clara e, oficialmente, os dois países ainda atuam em conjunto em prol da exploração espacial, mas o nome da Roscosmos, agência espacial russa, foi removido das apresentações chinesas no Congresso Internacional de Astronáutica (IAC) em Paris.
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Você deve estar pensando que isso é só uma forma de evitar constrangimentos no momento em que estar ao lado da Rússia não está sendo bem visto no mundo após a guerra na Ucrânia e a crescente ameaça de um apocalipse nuclear. Mas de acordo com o SpaceNews, os chineses estão por lá justamente buscando novas parcerias espaciais e omitindo o nome de seu principal parceiro.
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No mínimo estranho, considerando que em março do ano passado os dois países assinaram um contrato para construírem em conjunto a Estação Internacional de Pesquisa Lunar (ILRS), uma espécie de programa Artemis paralelo, mas que ainda estava (e está) distante de acontecer.
China e Rússia na exploração da Lua
Nos cronogramas divulgados na época, o plano de exploração da Lua entre os dois países previa o começo das missões por volta de 2030. O Spacenews informa que a presença da Rússia no evento já não era esperada, agora a remoção da menção nos planos da China é estranha devido às diversas situações em que os países mantiveram o apoio mútuo mesmo após o início da guerra.
“Seja no espaço ou em outro lugar, a China tem uma visão muito realista da Rússia e a parceria com Moscou nunca foi o resultado preferido de Pequim, pois os dois países não são parceiros naturais”, disse Marco Aliberti, pesquisador sênior do Instituto Europeu de Política Espacial, à SpaceNews.
“Pequim agora parece estar cada vez mais confrontada com um dilema difícil: transformar o relacionamento em uma parceria real para a Lua ou abandoná-lo completamente”, finalizou.
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