A Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ) confirmou, na segunda-feira (3), a segunda morte no estado de um paciente infectado por varíola dos macacos. A vítima é um homem de 31 anos, morador de Mesquita, que estava internado há mais de um mês na capital fluminense.   

Segundo a SES-RJ, o homem apresentava baixa imunidade e comorbidades que agravaram o quadro da doença. Ele foi tratado com o medicamento experimental tecovirimat, o que resultou em melhora parcial das lesões, mas, no sábado (1º), sofreu parada respiratória e foi a óbito. 

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varíola dos macacos
Imagem: shutterstock/angellodeco

O paciente deu entrada no Instituto Nacional de Infectologia da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) no dia 31 de agosto e, dois dias depois, foi transferido para o Instituto Estadual de Infectologia São Sebastião, onde estava desde então. 

De acordo com a SES-RJ, 1.064 casos já foram confirmados no estado e 507 são considerados prováveis ou suspeitos. Segundo boletim divulgado na sexta-feira (30) pelo Ministério da Saúde, o Brasil tem 7.869 ocorrências confirmadas e 4.905 suspeitas. Em todo o mundo, foram reportados mais de 61 mil casos e 23 mortes. A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou, em julho, a varíola dos macacos uma emergência de saúde pública de interesse internacional. 

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A varíola dos macacos 

Conhecida internacionalmente como monkeypox, a varíola dos macacos é endêmica em regiões da África e se tornou uma preocupação sanitária devido à disseminação para diversos países desde maio. A doença foi descrita pela primeira vez em 1958, quando foi observada a morte de muitos macacos – daí vem o nome da doença. No entanto, no ciclo de transmissão, os macacos são vítimas como os humanos. Na natureza, roedores silvestres provavelmente representam o reservatório animal do vírus. 

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Entre pessoas, a transmissão ocorre por contato direto, como beijo ou abraço, ou por feridas infecciosas, crostas ou fluidos corporais, além de secreções respiratórias. Os sintomas incluem a formação de erupções e nódulos dolorosos na pele, febre, calafrios, dores de cabeça, dores musculares e fraqueza. 

As vacinas para a varíola humana são eficazes para combater o surto da varíola dos macacos. Contudo, conforme recomendação da OMS, não há orientação de vacinação em massa dando prioridade apenas à alguns grupos: profissionais de saúde que lidam diretamente com amostras de infectados e pessoas que tiveram contato com portadores do vírus.    

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Com informações da Agência Brasil

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