Empresa de Elon Musk, Neuralink é acusada de torturar macacos em testes

Por Lucas Soares, editado por Jeniffer Cardoso 05/10/2022 17h35, atualizada em 07/10/2022 12h20
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Elon Musk está num momento um tanto complicado para suas empresas, enquanto tenta voltar atrás e efetuar a compra do Twitter, o bilionário enfrenta acusações de maus tratos contra animais em outra companhia sua: a Neuralink.

A empresa, que desenvolve implantes cerebrais para um dia serem usados em humanos, nunca foi unanimidade e sempre enfrentou resistência das autoridades. Agora, o Comitê de Médicos para Medicina Responsável (PCRM) diz que descobriu centenas de fotos de macacos sendo torturados durante os testes com a tecnologia.

Em sua defesa, a Neuralink argumenta que os animais não foram torturados e tenta na Justiça impedir a divulgação das imagens, que estariam em posse da Universidade da Califórnia, em Davis.

Basicamente, o PCRM pede que essas imagens sejam divulgadas e acusa a universidade de estar acobertando as fotos que mostrariam, inclusive, “necropsias de animais abatidos”. O processo também foi movido contra a própria Neuralink, comandada por Musk.

macacos rhesus sentado na grama
Macacos rhesus (Imagem: Fapesp)

A universidade, assim como a empresa, diz que não há tortura e alega que a divulgação das fotos prejudicaria o andamento dos estudos. A instituição diz ainda que os trabalhos conduzidos em uma fazenda de macacos rhesus construída pela Nuralink foram aprovados pelo Comitê Institucional de Cuidados e Uso de Animais.

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Apesar de negar maus-tratos, a empresa reconheceu que alguns dos macacos rhesus que a Neuralink empregou para testar sua tecnologia cerebral foram abatidos no início deste ano devido a falhas ou doenças. O caso segue nos tribunais americanos.

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Lucas Soares
Editor(a)

Lucas Soares é jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atualmente é editor de ciência e espaço do Olhar Digital.

Jeniffer Cardoso
Redator(a)

Jeniffer Cardoso é formada em jornalismo pela Universidade Metodista de SP e trabalha na área desde 2004. Chegou ao Olhar Digital em 2021, para atuar na distribuição de conteúdo nas redes sociais.