Um processo movido por uma tatuadora contra a desenvolvedora do jogo WWE chegou ao final, com a empresa condenada por violação de direitos autorais e tendo que pagar uma compensação de US$ 3.750 à profissional. No centro do julgamento, cinco tatuagens distintas no avatar do lutador Randy Orton.

O resultado é muito diferente de um caso semelhante envolvendo LeBron James e a série de jogos NBA 2K. Em 2020, a empresa controladora da desenvolvedora de jogos venceu um processo movido pela Solid Oak Sketches, uma empresa de “licenciamento de tatuagens” que detinha os direitos das artes no corpo do atleta. Um dos detalhes daquele caso era que James tinha uma licença implícita para deixar a controladora fazer uma imagem dele que incluía suas tatuagens.

De qualquer forma, esses casos de tatuadores e direitos autorais têm levantado preocupações nos estúdios de jogos sobre licenciamento das imagens dessas artes. Inclusive, esse problema levou algumas desenvolvedoras a omitir as tatuagens dos jogadores dos jogos.

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Tatuagens reproduzidas no mundo digital

Tatuadores argumentam que criar avatares digitais das pessoas que eles tatuaram é algo diferente de tirar uma foto da tatuagem – o que não seria visto como uma infração de direito autoral. Isso é contestado pelas desenvolvedoras de jogos. Mas tendo em vista a penalidade pequena para a empresa no caso do jogo WWE, esses casos podem significar bem pouco para os caixas de quem for condenado.

Em breve, tatuadores e criadores digitais deverão ter um novo campo de batalha: as plataformas sociais do metaverso. Isso porque esse novo “mundo” tem recebido uma gama de novos usuários, incluindo músicos e outros artistas bem famosos, que criam seus próprios avatares – e claro, reproduzindo suas tatuagens.

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Via The Verge

Imagem: Marko Zamrznuti tonovi/Shutterstock