Após ter sofrido um ataque hacker no último sábado (8), a emissora Record TV teria recuperado todos os arquivos invadidos e “sequestrados”. No entanto, o ataque dos hackers continuaria em vigor.

A informação foi revelada com exclusividade pelo colunista do Splash (UOL) Ricardo Feldrin. No último sábado, criminosos invadiram o sistema central da emissora em São Paulo, em que são armazenados os conteúdos utilizados no dia a dia. Entre eles estão reportagens, quadros televisivos e programas de entretenimento do canal.

Após invadirem o sistema central da Record TV, os hackers criptografaram todo o material, o que passou a impossibilitar o acesso da emissora a ele, e aos arquivos ali inseridos.

Mas, segundo o Splash, o departamento de Tecnologia de Informação (TI) da Record possui uma espécie de “espelho” ou “cópia” de tudo que estava armazenado e acabou furtado durante o ataque.

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Isto porque a emissora tinha camadas de proteção em vigor para proteger contra este tipo de ataque, o que permitiu à empresa ter uma cópia de todos os dados “sequestrados” pelos criminosos hackers.

Além disso, apesar de informações anteriores apontarem para o contrário, nenhuma informação sigilosa teria sido acessada, e os hackers só estariam de posse de uma quantidade enorme de material jornalístico e de entretenimento, editado e em estado bruto.

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Assim, o acervo histórico da Record, como novelas e reality shows, não foram atingidos, pois o armazenamento era feito em um local diferente.

Apesar de ter uma cópia, a emissora ainda não consegue liberar o acesso a tais arquivos, visto que o ataque cibernético ainda segue nesta quarta-feira (12), quatro dias após a Record ser atingida pelos hackers. Ainda não há explicações para o ocorrido, e a Delegacia de Crimes Cibernéticos auxilia a emissora no caso.

A Comunicação da Record ainda não emitiu nenhuma nota a respeito do ataque, e não há previsão para o fim do ataque hacker que atingiu a emissora.

Hackers pedem valor milionário

Os hackers que invadiram o sistema da Record pediram um resgate milionário pelos dados da emissora. Os invasores solicitaram US$ 5 milhões, cerca de R$ 25 milhões, para que a “chave” dos conteúdos da emissora seja recuperada. Caso o pagamento não seja realizado, os cibercriminosos prometem publicar todo o conteúdo na internet.

As informações foram obtidas por Germán Fernández, especialista em cibersegurança que teve acesso às conversas entre o BlackCat/AlphaVM – ransomware utilizado no hack – e a Record TV. De acordo com Fernández, o ataque teria começado na sexta-feira (7).

O grupo hacker apresentou um período para que a emissora de TV realize o pagamento do valor solicitado. O prazo imposto pelos hackers é até às 13:56 (no fuso horário norte-americano) do dia 15 de outubro para que a emissora realize o pagamento e recupere seus dados.

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Além de pedir o resgate, os hackers ainda teriam oferecido suporte para explicar como realizaram a invasão e formas de proteção.

O ataque à emissora aconteceu por volta das 9h do último sábado (8) e obrigou a Record TV a alterar sua programação. No exato momento da invasão, o programa “Fala Brasil” foi interrompido. Por isso, a Record teve que exibir a série “Todo Mundo Odeia o Chris”. 

Fontes internas da Record relataram que os profissionais que estavam de plantão foram dispensados para “não gerar desespero”. Além disso, também foi dito que existe uma preocupação com a proteção dos dados e acervo da emissora.

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