*André Lucena, de Berlim

Berlim, definitivamente, é uma cidade acostumada a se reconstruir. Foram tantas mudanças com os anos de Guerra que sempre foi preciso inovar com muita criatividade.

E é exatamente isto que está acontecendo agora no bairro Siemensstadt, localizado no lado onde Estados Unidos, França e Reino Unido comandavam a cidade que foi dividida ao meio e separada pelo Muro de Berlim durante a Guerra Fria.

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O local será transformado em um bairro inteligente pela Siemens e terá um milhão de metros quadrados de área bruta. O novo ambiente residencial e de trabalho será composto por uma mistura de edifícios modernos e históricos, e usará energia 100% limpa.

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O conceito de cidade-esponja também será aplicado. Ou seja, a água da chuva será absorvida pelo solo e reaproveitada. O local ainda terá uma baixa densidade de carros, distâncias curtas e uma conexão direta de metrô. E o melhor, 100% acessível para deficientes, idosos e pessoas com problemas de locomoção.

A previsão é que o bairro inteligente fique 100% pronto em 2035 e o custo da primeira etapa do projeto gire em torno de 3,4 bilhões de euros (cerca de R$ 17,2 bilhões).

Siemensstadt
Siemensstadt. Imagem: Siemens/Divulgação

Isso tornará o Siemensstadt um dos Zukunftsorte de Berlim, como são chamados os campi de inovação, que são centrais para o compromisso da cidade de atrair startups e líderes do setor. Não à toa a capital da Alemanha ficou em 12ª entre 500 no Índice de Cidades Inovadoras de 2019 e é uma das três cidades europeias líderes em inovação.

Projetos como o do bairro Siemensstadt serão cruciais para que Berlim alcance sua meta de neutralidade climática até 2045. Importantíssimo para nosso planeta já que as cidades respondem por cerca de 70% das emissões globais de carbono e consomem dois terços da energia mundial.

Siemensstadt
Siemensstadt. Imagem: Siemens/Divulgação

Para se ter uma dimensão da grandiosidade do projeto, serão cerca de 420 mil metros quadrados de escritórios modernos para a Siemens, outras empresas de tecnologia e startups, 2.700 apartamentos para cerca de 6 mil pessoas viverem no local, além de um campus de pesquisa de 89 mil metros quadrados e um espaço para 20 mil empregos adicionais.

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