Com as recentes perdas financeiras para outras plataformas e envolvendo o metaverso, a Meta poderia aumentar sua receita monetizando o WhatsApp, mas ao que parece, não há planos imediatos para isso.

Presente em mais de 180 países e com mais de dois bilhões de usuários, o app de Mark Zuckerberg poderia abrir espaço para propagandas de serviços e empresas.

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Mas, mesmo, originalmente, fontes próximas da companhia afirmarem que não, pode ser que Zuckerberg discuta o assunto na apresentação dos resultados no terceiro quarto de 2022 a investidores, marcada para 26 de outubro.

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O receio da Meta em liberar anúncios no WhatsApp é o de que eles mudem a experiência dos usuários do app, acostumados a uma experiência livre de propagandas. Isso poderia desencadear uma migração para apps sem anúncios, como o Signal e o Telegram.

À certa altura, o WhatsApp considerou introduzir publicidade nos status do aplicativo, mas acabou abandonando a ideia. Contudo, fontes dizem que poderia reviver esses planos.

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De acordo com um porta-voz do WhatsApp, a plataforma “está focada na criação de novos recursos para ajudar as empresas a maximizar o valor de seu serviço hoje e acredita que a oportunidade com mensagens comerciais é significativa”.

Foco em três possibilidades

Os planos de monetização do WhatsApp atualmente se concentram em como gerar receita com mensagens, à medida que os consumidores mudam seus hábitos de comunicação de canais legados, como telefone e e-mail.

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Receita indireta

A plataforma está trabalhando em três possibilidades: A primeira é gerar receita indireta de publicidade.

Um programa chamado “Anúncios que clicam no WhatsApp” oferece às pequenas empresas que usam o aplicativo como principal canal de comunicação com o cliente oportunidade extra de atrair novos clientes se anunciarem seus produtos e serviços no Facebook e no Instagram.

Um botão com o logotipo do WhatsApp é inserido em um anúncio. Quando um cliente em potencial interessado clica no botão, ele é conectado diretamente a uma conversa do WhatsApp com o comerciante.

A analogia dentro da Meta é que o Facebook e o Instagram são as vitrines enquanto o WhatsApp é o balcão da loja, onde você fecha o negócio e paga. O Messenger, outra plataforma de mensagens do Meta, oferece serviço semelhante.

Pouco mais de um milhão de anunciantes ativos usam este serviço. “Já é oportunidade de receita significativa” para o WhatsApp, disse uma fonte. A maioria desses clientes corporativos está em mercados de alto potencial, como Índia, Brasil, Indonésia, México e África.

Há, contudo, uma desvantagem em relação à privacidade: Como os usuários passam pelo Facebook e Instagram, a Meta coleta seus dados.

WhatsApp Business

A segunda possibilidade é relacionada ao fato de que o WhatsApp, desde 2018, também se oferece às grandes empresas como alternativa ao atendimento ao cliente.

A API do WhatsApp Business permite que essas empresas integrem o bate-papo do WhatsApp em seus sites, oferecendo experiências personalizadas aos clientes. Os chatbots podem responder a solicitações básicas de clientes, enquanto os humanos podem assumir consultas mais complexas.

Atualmente, o WhatsApp cobra por cada conversa do cliente, abrangendo todas as mensagens trocadas em 24 horas. A Meta está depositando muitas esperanças neste produto para aumentar a receita do WhatsApp.

Assinatura mensal para empresas

Como terceira oportunidade de receita, a plataforma, nos últimos dias, testou serviço premium para pequenas empresas.

Este serviço vai além do WhatsApp Business. Esse é um aplicativo independente, lançado em 2018, permitindo que pequenas empresas mostrem seus produtos e serviços e se comuniquem com os clientes gratuitamente.

O serviço tinha 50 milhões de clientes em 2020. O WhatsApp não dá novos números, mas diante da pandemia, esse número deve ter aumentado.

O serviço premium oferecerá ferramentas avançadas aos comerciantes. Por exemplo, eles poderão gerenciar a mesma conta do WhatsApp em vários dispositivos.

Em outras palavras, os funcionários de um salão de beleza local poderão conversar e gerenciar solicitações de clientes por meio de diferentes dispositivos, permitindo que eles distribuam solicitações para vários funcionários.

O WhatsApp também oferecerá às pequenas empresas a possibilidade de hospedar URL personalizada, que poderá servir como seus próprios minisites.

A empresa está considerando cobrar “pequena taxa” pelo serviço premium, mas ainda não determinou o valor, que deve variar de acordo com o país. Os testes do serviço e seus preços continuam, disseram fontes. O serviço será assinatura mensal.

Contudo, as mesmas fontes indicaram que ainda é muito cedo para tirar conclusões do feedback inicial, além de que a Meta planeja lançar o serviço em 2023.

Via TheStreet

Imagem destacada: photosince/Shutterstock

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