A Rússia começou a invasão contra a Ucrânia em fevereiro deste ano e, desde então, o mundo inteiro acompanha o conflito. E, diferente de outras guerras, as armas de fogo não são uma das únicas preocupações dos governos, ambos os lados também estão focados na internet. 

E essa preocupação não se limita a uma guerra cibernética, com a Rússia ou a Ucrânia tentando invadir as conexões opostas. É possível notar um movimento focado no acesso da população à conexão.

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De acordo com o chefe de desenvolvimento de banda larga móvel no Ministério da Transformação Digital da Ucrânia, Stas Prybytko, “a primeira coisa que os russos fazem quando ocupam esses territórios é cortar as redes”. 

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Deste modo, a população não pode obter informações de como estão as outras regiões da Ucrânia, nem mesmo de seus familiares, se vendo em uma posição ainda mais vulnerável em meio a uma guerra. 

Aparentemente, um dos principais focos das tropas russas durante as invasões são os escritórios dos provedores de internet local, para conseguir assumir o controle ou destruir as conexões. Desde o começo das invasões, o número de usuários da Ucrânia que se conectam à internet diminui em pelo menos 16%. 

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O Serviço Especial de Comunicações da Ucrânia apontou que desde o início da guerra, mais de quatro mil estações-base pertencentes a provedores de telecomunicações ucranianos foram apreendidos ou destruídos por soldados russos, e mais de 60 mil quilômetros de linhas de fibra óptica foram capturados ou danificados. 

Também foram destruídas 18 antenas de transmissão que forneciam sinais de televisão e rádio. A Rússia também redirecionou o tráfego de internet de algumas áreas do sul da Ucrânia para seus próprios provedores, expondo a população à vigilância de Vladimir Putin

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Em meio à essa situação, os funcionários de empresas de telecomunicações ucranianas se tornaram heróis, pois estão tentando reverter a situação o mais rápido possível, pelo menos em áreas que foram retomadas pelo governo ucraniano. 

Desde março, os trabalhadores já conseguiram restaurar aproximadamente 1.232 estações base. Esse trabalho é de grande risco, mas é o que possibilita que regiões da Ucrânia voltem a ter acesso à internet e consigam informações sobre a guerra e sobre suas famílias

“Ainda é muito perigoso fazer esse trabalho, mas mal podemos esperar para fazer isso, porque há muitos cidadãos em aldeias libertadas que precisam se conectar urgentemente”, disse Przybytek à Time.

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