A perda de uns pode significar o lucro de outros. É o que aconteceu recentemente com a Amazon e seus contratos de transporte de mercadorias por avião. A gigante do e-commerce anunciou que está contratando 10 jatos Airbus da Hawaiian Airlines para integrar sua frota de mais de 110 aeronaves – até então composta principalmente por aviões 767 da concorrente Boeing.

A Hawaiian, a maior transportadora de passageiros nos Estados Unidos, foi uma das seis licitantes para o contrato com a Amazon. Com o acordo, a empresa de aviação planeja montar uma base na parte continental do país e até informou que pode disponibilizar mais aviões para a gigante do e-commerce – que também terá uma participação de até 15% da Hawaiian.

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Pode parecer estranho que a Amazon terceirize todos os seus voos e alugue a maioria de seus aviões para entregar suas encomendas nos Estados Unidos. Mas, essa estratégia começou em 2015 e, aparentemente, não tem data para acabar.

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Isso porque Sarah Rhoads, vice-presidente do braço de aviação Amazon Global Air, recusou-se a comentar com o The Wall Street Journal quando perguntada se a Amazon fará seus próprios pedidos de jatos particulares e, quem sabe, até mesmo criar sua própria companhia aérea: ‘“Neste momento, estamos sentados exatamente onde precisamos nos sentar”, disse ela.

Amazon na contramão das rivais

Durante a pandemia do novo coronavírus, houve dois movimentos complementares na aviação. O primeiro, foi o aumento do comércio eletrônico e, com ele, a Boeing conseguiu garantir mais pedidos para jatos de cargos novos do que a Airbus.

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O segundo, foi a diminuição da demanda do turismo. Com isso, outras dezenas de jatos 767s mais antigos foram convertidos de transporte de pessoas para cargas. No entanto, a corrida por esses 767s convertidos levaram a uma escassez e, portanto, a Amazon procurou outras aeronaves para integrar sua logística.

Agora, ainda que haja a diminuição da demanda por transporte de carga aérea, a Amazon não mudou seus planos – mesmo quando rivais, como a FedEx, estacionaram aviões. Segundo Rhoads, a ideia é que os jatos A330 substituam os 767 mais antigos, que serão aposentados.

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Via The Wall Street Journal.

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