Telescópio Hubble registra imagem incrível de um berçário de estrelas na constelação de Órion

Por Isabela Valukas Gusmão, editado por Acsa Gomes 25/10/2022 21h03, atualizada em 27/10/2022 16h51
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O Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA registrou a imagem de um berçário de estrelas tempestuosas, na constelação de Órion, localizada a 1.250 anos-luz da Terra. A imagem mostra apenas as nuvens Herbig-Haro (HH) 1 e 2. O jovem sistema estelar responsável pela sua criação apesar de próximo dessas nuvens, está envolto em uma grande quantidade de poeira bem no centro da imagem.

Porém, nota-se o fluxo de gás (um jato brilhante) emitido pelo centro escuro, em direção a essas nuvens de estrelas. Inicialmente, os astrônomos pensaram que a estrela brilhante entre aquele jato e a nuvem HH 1 era a fonte desses jatos, entretanto, descobriu-se que era de uma estrela dupla não relacionada formada nas proximidades.

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Objetos Herbig-Haro são aglomerados brilhantes encontrados próximos de algumas estrelas recém-nascidas. Eles se formam quando jatos de gás são lançados para fora dessas jovens estrelas e colidem com gases e poeira do entorno, em velocidades incrivelmente altas.

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Imagem: Berçário de estrelas na constelação de Órion. Créditos: ESA/Hubble & NASA, B. Reipurth, B. Nisini

Em 2002, observações do Hubble revelaram que partes do HH 1 se movem a mais de 400 quilômetros por segundo. Uma velocidade impressionante. A Wide Field Camera 3 do Hubble capturou este turbulento berçário estelar através de 11 filtros diferentes, que detectam comprimentos de onda infravermelhos, visíveis e ultravioletas.

Como cada um desses filtros é sensível a apenas uma pequena parte do espectro eletromagnético, os astrônomos conseguem identificar processos interessantes que emitem luz em comprimentos de onda específicos.

Pesquisas com o berçário de estrelas

Dois grupos de astrônomos solicitaram observações do Hubble para dois estudos diferentes. O primeiro tratará sobre a estrutura e o movimento dos objetos Herbig-Haro visíveis nesta imagem, o que poderá fornecer aos astrônomos uma melhor compreensão dos processos físicos desse fenômeno. O segundo estudo visa conhecer as saídas para estabelecer as bases para futuras observações com o Telescópio Espacial Nasa/ESA/CSA James Webb.

O Telescópio Espacial James Webb, com sua incrível habilidade de explorar o Espaço além das nuvens de poeira de jovens estrelas, é capaz de revolucionar os estudo feitos nesses berçários estelares e apresentar aspectos esclarecedores ainda não descobertos.

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Isabela Gusmão é estagiária e escreve para a editoria de Ciência e Espaço. Além disso, ela é nutricionista e cursa Jornalismo, desde 2020, na Universidade Metodista de São Paulo (UMESP).

Acsa Gomes
Redator(a)

Acsa Gomes é formada em Comunicação Social com ênfase em Jornalismo pela FAPCOM. Chegou ao Olhar Digital em 2020, como estagiária. Atualmente, faz parte do setor de Mídias Sociais.