Imagem incrível mostra restos supernova que explodiu há 11 mil anos

Remanescentes de supernova, que explodiu há 11 mil anos, são capturados pelo VLT Survey Telescope do ESO, no Chile
Por Isabela Valukas Gusmão, editado por Lucas Soares 31/10/2022 18h31
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Imagem: Remanescentes da supernova Vela, na constelação austral da Vela. Créditos: Reprodução/SapoTek
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Os remanescentes da supernova Vela decidiram entrar no clima do Halloween e foram capturados pelo VLT Survey Telescope do ESO como uma grande teia. São 554 milhões de pixels, que oferecem uma visão detalhada do fenômeno, que aconteceu há 11 mil anos, na constelação austral da Vela.

Hoje, é possível observar apenas uma fina estrutura de nuvens rosadas e alaranjadas, que brilham intensamente, como resultado da grande explosão dessa supernova. Segundo algumas estimativas, caberiam nove luas cheias na imagem e a nuvem completa é ainda maior.

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Localizado a 800 anos-luz de distância da Terra, esse conglomerado de gás e poeira é um dos mais próximos que se tem conhecimento. O que restou da estrela após a explosão foi apenas uma bola ultradensa onde prótons e elétrons são forçados a se juntar em nêutrons. E assim, originar uma estrela de nêutrons.

Esse processo de explosão, que acontece quando todo o combustível estelar acaba, é o marco do fim da vida desses astros. É possível observar a estrela de nêutrons da Vela, no canto superior esquerdo da imagem. Ela chega a pulsar e roda sobre o seu próprio eixo em uma velocidade impressionante de mais de 10 vezes por segundo.

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Imagem: Remanescentes da supernova Vela, na constelação austral da Vela. Créditos: Reprodução/SapoTek

Cabe destacar que esta imagem foi feita a partir de um mosaico de capturas obtidas pela câmera de grande campo OmegaCAM, montada no VLT Survey Telescope (VST), no Observatório do Chile. A tecnologia da câmera de 268 milhões de pixels foi capaz de captar imagens através de vários filtros que deixam passar luz de diferentes cores. Para formar a imagem da estrela e seus remanescentes foram utilizados filtros combinados das cores magenta, azul, verde e vermelho.

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Isabela Gusmão é estagiária e escreve para a editoria de Ciência e Espaço. Além disso, ela é nutricionista e cursa Jornalismo, desde 2020, na Universidade Metodista de São Paulo (UMESP).

Lucas Soares
Editor(a)

Lucas Soares é jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atualmente é editor de ciência e espaço do Olhar Digital.