Peixe colorido que muda de sexo conforme envelhece recebe nova classificação

No início da vida, esses peixes são fêmeas e, quando amadurecem, viram machos. Graças a essa mudança, a sua aparência também se altera
Por Isabela Valukas Gusmão, editado por Lucas Soares 31/10/2022 15h45
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Imagem: Peixe foi nomeado de bodião-de-fada-de-rosa (Cirrilabrus finifenmaa). Créditos: Divulgação/Yi-Kai Tea
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A natureza é realmente uma caixinha de surpresas, isso porque recentemente os cientistas descobriram que uma espécie de peixe das Ilhas Maldivas, já conhecida da ciência, precisou ser revista, pois deixou de ser considerada uma variação de outra espécie.

O que motivou essa “reclassificação” foi uma peculiaridade que, até então, não tinha sido notada: o peixe muda de sexo conforme envelhece. Os pesquisadores da Hope for Reefs, da Academia de Ciências da Califórnia, nomearam a criatura de bodião-de-fada-cor-de-rosa (Cirrilabrus finifenmaa).

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No início da vida, esses peixes são fêmeas e, quando amadurecem, viram machos. Graças a essa mudança, também há alteração na aparência desses animais. Na fase madura, eles ganham mais cores e se parecem com arco-íris. Sua coloração é fundamental para atrair as fêmeas em épocas de acasalamento, onde essas nuances ficam inclusive mais acentuadas.

De acordo com o jornal britânico The Guardian, essa espécie, que tem o corpo colorido e o comprimento de um dedo humano, vive em grupos de recifes encontrados a uma profundidade entre 40 e 70 metros no Oceano Índico.

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Imagem: Peixe foi nomeado de bodião-de-fada-de-rosa (Cirrilabrus finifenmaa). Créditos: Divulgação/Yi-Kai Tea

O pós-doutorando Yi-Kai Tea, do Australian Museum Research Institute, declarou em entrevista ao The Guardian que agora será possível entender melhor e ajudar a proteger os recifes de coral do mundo, com foco em formações mesofíticas, principalmente porque se trata de uma espécie que vive em locais profundos que impedem a pesquisa com submarinos e são muito “complexos para usar técnicas tradicionais de mergulho”.

Reprodução: @mvplusmedia/Twitter

A coleta de informações a respeito do peixe foi feita por cientistas que usaram equipamentos de mergulho especializados. Apesar de já ser conhecido desde 1990, somente em 2022 ele foi reconhecido como uma espécie única, e não apenas variação de outras.

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Isabela Gusmão é estagiária e escreve para a editoria de Ciência e Espaço. Além disso, ela é nutricionista e cursa Jornalismo, desde 2020, na Universidade Metodista de São Paulo (UMESP).

Lucas Soares
Editor(a)

Lucas Soares é jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atualmente é editor de ciência e espaço do Olhar Digital.