Barulho misterioso vindo do local onde o Titanic naufragou é encontrado

Pesquisadores encontraram grande diversidade de espécies na região em que o Titanic naufragou. O próximo passo será analisar esse ecossistema
Por Isabela Valukas Gusmão, editado por Acsa Gomes 03/11/2022 07h30, atualizada em 04/11/2022 14h21
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Uma expedição até o naufrágio do Titanic no início deste ano revelou uma área cheia de recifes em alto mar repletos de vida marinha, a cerca de 2.900 metros abaixo da superfície. O líder da expedição Paul Henry Nargeolet, que já mergulhou mais de 30 vezes no local, finalmente descobriu o barulho que ele costumava ouvir próximo do local do naufrágio, desde 1998.

De acordo com Nargeolet, o sonar indicava que poderia ser várias coisas, inclusive um outro navio naufragado. “Eu tenho procurado a chance de explorar este grande objeto que apareceu no sonar há tanto tempo. Foi incrível explorar essa área e encontrar essa fascinante formação vulcânica repleta de tanta vida”, disse o mergulhador.

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Na ocasião do exame, os pesquisadores observaram esponjas, corais, peixes, lagostas e muito mais no topo da cordilheira de basalto, que foi provisoriamente nomeada de Nargeolet-Fanning Ridge em homenagem a Nargeolet e Oisín Fanning, este último especialista na missão de expedição.

Ao ser convidado para desvendar o “mistério do Titanic”, Fanning aceitou de cara a proposta, pois sabia que queria fazer parte do esforço. Embora leve algum tempo para vasculhar todas as imagens e vídeos do mergulho, a equipe está disposta a compartilhar suas descobertas com outros cientistas para melhorar o conhecimento sobre a vida marinha profunda.

O naufrágio e a diversidade marinha na região

Outro ponto interessante será observar as mudanças nos tipos de vida, a concentração de organismos e a composição do ecossistema, e como esses fatores variam entre a Cordilheira De Nargeolet-Fanning e o local do naufrágio. Os pesquisadores também coletaram inúmeras amostras de água que podem ser analisadas para aprender mais sobre as espécies recém-descobertas. Modelos de computador também serão usados para descobrir como a vida está e se desenvolve.

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Isabela Gusmão é estagiária e escreve para a editoria de Ciência e Espaço. Além disso, ela é nutricionista e cursa Jornalismo, desde 2020, na Universidade Metodista de São Paulo (UMESP).

Acsa Gomes
Redator(a)

Acsa Gomes é formada em Comunicação Social com ênfase em Jornalismo pela FAPCOM. Chegou ao Olhar Digital em 2020, como estagiária. Atualmente, faz parte do setor de Mídias Sociais.