Jogar videogame não é apenas uma atividade de lazer, mas também de aprendizado, pelo menos é o que indica um novo estudo feito por pesquisadores dos Estados Unidos. De acordo com o exame feito com 1.957 crianças, entre nove e dez anos, diversos fatores psíquicos benéficos foram notados naqueles que passavam pelo menos três horas jogando.

Em busca de resultados mais próximos da realidade, a equipe realizou uma série de testes para medir a inteligência, memória, atenção, habilidades de pensamento e o desenvolvimento cerebral desses jovens e analisar os dados obtidos entre aqueles que jogam videogame e os que não jogam.

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A conclusão do estudo apontou que o grupo de jogadores teve uma pontuação significativamente mais alta em habilidades de memória e se saiu melhor em questionários projetados para medir sua atenção visual e capacidade de responder rapidamente a eventos, em relação ao grupo que não jogava.

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Para compreender melhor como isso acontece, os cientistas realizaram exames de ressonância magnética, que revelaram as principais regiões do cérebro associadas ao pensamento mais ativas em crianças que jogavam videogame. Além disso, as áreas cerebrais são associadas a tarefas cognitivas difíceis e responsável pelo aprendizado de novas informações, também ficaram bem iluminadas durante o exame.

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Imagem: Duas crianças jogando videogame juntas. Créditos: VGstockstudio/Shutterstock

Outro ponto analisado está atrelado ao medo que alguns sentem de que as crianças desenvolvam problemas de saúde mental e comportamental causado pelos videogames. Felizmente, os pequenos jogadores não eram mais propensos a ter transtorno obsessivo-compulsivo, depressão ou serem agressivos.

O principal autor do estudo, o professor Bader Chaarani, da Universidade de Vermont, defende que “os videogames podem fornecer uma experiência de treinamento cognitivo com efeitos neurocognitivos mensuráveis”, isso é muito bom para delinear planos de aprendizagem que possam ser de fato efetivos.

Ressalvas do estudo a respeito do uso dos videogames

No estudo, os pesquisadores ressaltaram que essas descobertas não não corroboram o uso indiscriminado de computadores, videogames e outros aparelhos eletrônicos. Cabe destacar que a pesquisa não dividiu os resultados por tipo de jogos que as crianças jogavam, e destaca que “o gênero específico de videogames, como ação-aventura, resolução de quebra-cabeças, esportes ou jogos de tiro, pode ter efeitos diferentes para o desenvolvimento neurocognitivo”.

“Embora não possamos dizer se jogar videogames regularmente causou desempenho neurocognitivo superior, é uma descoberta encorajadora e que devemos continuar investigando nessas crianças à medida que transitam para a adolescência e a idade adulta jovem”, declarou o autor.

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