A Netflix está explorando a possibilidade de investir em ligas esportivas, para adicionar transmissões de esporte ao vivo a seu catálogo. A adição de esportes ao vivo à Netflix seria mais um atrativo para novos assinantes da companhia, algo que streamings como HBO Max, Prime Video e Star+ vêm explorando.

A companhia vem entrando em negociações para transformar a ideia de oferecer esportes ao vivo em sua plataforma em realidade, de acordo com o The Wall Street Journal. No entanto, a Netflix não estaria disposta “quebrar o banco” e acompanhar os custos altíssimos dos direitos de transmissão de grandes ligas.

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Recentemente, a Netflix entrou na briga pelos direitos de transmissão do circuito mundial de tênis ATP Tour para alguns países europeus, que incluiriam França e Reino Unido, mas acabou desistindo. Além disso, o streaming também teria discutido disputar diversos eventos, incluindo os da Associação de Tênis Feminino e competições de ciclismo, fontes informaram o WSJ.

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Outra opção discutida internamente, para evitar a entrada em disputas por direitos esportivos caríssimos, seria a aquisição de ligas menores. A Netflix teria discutido a aquisição da World Surf League, mas as negociações não avançaram porque as organizações não conseguiram chegar a um preço aceitável para as duas partes.

A Netflix adquirir direitos de ligas menores seria atrativo para elas porque, segundo acreditam alguns executivos do streaming, a plataforma poderia transformar esportes menos conhecidos e populares – como o surf -, em grandes franquias, gerando a criação de novos torneios ou eventos esportivos.

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A briga por direitos esportivos entre os streamings está cada vez mais aquecida, e os investimentos dos rivais da Netflix na área justificam o interesse. Nos Estados Unidos, a Amazon por meio do Prime Video agora é a casa do Thursday Night Football, o jogo de quinta-feira da NFL, liga de futebol americano. Já o Apple TV+ e o Peacock tiveram direitos exclusivos para transmissão de jogos específicos da MLB, a liga de beisebol, na última temporada.

Ainda este ano, a Netflix lutou pela aquisição dos direitos da Fórmula 1, um esporte que vem se tornando cada vez mais popular nos Estados Unidos por causa da docussérie da Netflix “F1: Dirigir Para Viver”. No entanto, a companhia perdeu a batalha pelos direitos da F1 para a ESPN.

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O co-presidente executivo da Netflix, Reed Hastings, disse em reuniões que não quer ser pego em guerras de leilões a cada poucos anos, de acordo com pessoas familiarizadas com as discussões. Seria em parte por isso que alguns executivos estão pressionando pela compra de participações em ligas esportivas.

Esportes são extremamente atrativos para anunciantes porque estão entre os tipos raros de programações que as pessoas ainda assistem ao vivo. Fãs devotos de uma liga específica também são prováveis de manter suas assinaturas pelo menos até o final da temporada. Isto ajuda a reduzir as deserções de clientes, outro grande problema de serviços de streaming.

Apesar de serem extremamente atrativos, os direitos de transmissão de grandes ligas esportivas vêm com um preço salgado. Nos Estados Unidos, paga-se ao todo US$ 21,3 bilhões em direitos de transmissão de esportes, de acordo com analistas da MoffettNathanson. Este valor era de US$ 16,95 bilhões em 2019.

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