Nossas mãos são relativamente grandes para conseguirmos interagir com insetos pequenos. Certamente você já tentou segurar uma formiga ou mesmo uma joaninha com as mãos, mas a preocupação em tocá-los com segurança e não “esmagá-los” é muito grande, e assim acabamos deixando-os ir embora. Porém, com o uso de tecnologia, a possibilidade pode ser acessível.
Cientistas da Universidade Ritsumeikan, no Japão, desenvolveram um projeto chamado de “microdedos”. Trata-se de pequenos contatos robóticos macios, controlados pelas próprias mãos, a fim de possibilitar que humanos interajam com pequenos insetos.
Os aparelhos minúsculos possuem apenas 1,2 cm de comprimento e 0,3 cm de largura e reúnem diversos sensores de tensão, feitos de uma liga metálica líquida e flexível, com “músculos” controlados por balões pneumáticos capazes de controlar a força de maneira precisa, suficiente para tocar em um inseto sem machucá-lo.
Leia mais:
- Comer insetos pode ser bom para o corpo e para o meio ambiente
- Aquecimento global e agricultura desenfreada reduziram pela metade os insetos do planeta, aponta pesquisa
- Como os insetos conseguem “prever” mudanças no clima?
A nova ferramenta vem sendo testada há algum tempo, os pesquisadores têm utilizado os microdedos para medir a força de reação das pernas e do tronco de um besouro.
As pernas do inseto responderam com uma força de cerca de 10 millinewtons de resistência, se alinhando com algumas estimativas anteriores, porém o número exato ainda não foi alcançado.
A pergunta que não quer calar é: para que esse serviço serve? Simples, a tecnologia pode ser útil para estudar as forças dos insetos, como andar ou voar, além de testar também se o inseto sente cócegas.
No entanto, a equipe também vê a invenção como potencialmente útil para outras interações em microescala, principalmente com a ajuda de óculos de realidade aumentada (RA). As futuras versões poderão, um dia, ajudar os médicos a interagir diretamente com seres ainda menores, como bactérias e vírus.
A equipe da Ritsumeikan alertou que esta é apenas uma prova de conceito e um “estudo representativo”. Mas, ainda assim, isso sugere um futuro em que os humanos poderão interagir com minúsculos objetos vivos de maneira muito mais simples e natural.
Já assistiu aos novos vídeos no YouTube do Olhar Digital? Inscreva-se no canal!
Tags: