Não é novidade para ninguém que as mudanças climáticas podem ter um efeito devastador no nosso mundo. Mas por que a humanidade pouco faz para alterar esse quadro? O tema foi debatido por especialistas em um artigo divulgado na véspera da COP27, maior conferência do mundo sobre mudanças climáticas.

O ensaio publicado no The Convertation afirma que nossa sociedade está avançando tecnologicamente na medida em que está se autodestruindo em um processo “fascinante e horrível de assistir” que pode fazer as futuras gerações viverem em um planeta degradado. 

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O debate ganhou força após a ONU divulgar um relatório afirmando que o mundo deve aquecer  2,5 ℃ até o final deste século mesmo que todos os países cumpram suas metas climáticas atuais. O cenário é catastrófico ainda mais levando em conta que ano passado houve um acordo para a humanidade tentar limitar esse aquecimento a 1,5 ℃. 

Pode parecer pouco, mas assim como uma sutil mudança de temperatura no corpo humano (vide o estado de febre) pode causar consequências terríveis para nós, o mesmo vale para o planeta Terra. O cenário da pandemia combinado com a guerra da Ucrânia, que está aumentando a dependência de países europeus a combustíveis fósseis (algo que estava no caminho para mudar), torna tudo muito pior.

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Humanidade condenada no futuro

“Por que condenamos as crianças de hoje e as gerações futuras a viver em um planeta perigoso e hostil?”, questionam os autores. Destacando ainda a desinformação usada por políticos para manterem a dependência de combustíveis fósseis. A falsa teoria de uma conspiração global pelo clima virou pauta do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que levou milhares de americanos a acreditarem nessa ideia.

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“É claro que existem alternativas à hegemonia dos combustíveis fósseis para a humanidade. Envolve a descarbonização imediata e dramática da economia global, como aspira a COP27 no Egito”, completa o artigo. “Porque à medida que mais pessoas reconhecem a realidade da crise climática, aqueles que buscam manter a hegemonia dos combustíveis fósseis precisarão trabalhar mais para manter o controle sobre a política climática”, finalizam.

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