Nesta segunda-feira (14), por volta das 18h25 (horário de Brasília), um navio à deriva bateu na Ponte Rio-Niterói e a interditou nos dois sentidos. Sua liberação ocorreu somente às 21h33 (horário de Brasília).
O graneleiro São Luiz, ancorado na Baía de Guanabara, acabou sendo empurrado pelo vento, chocando-se com a estrutura da ponte, próximo a Niterói. Segundo o Centro de Operações, a âncora do navio não resistiu à pressão do vento. A Marinha está investigando o corrido e não há informações sobre feridos.
Leia mais:
- Assassino de dinossauros teria “irmão” que abriu cratera na África
- Mudanças climáticas: satélites ajudam a medir estrago no planeta
- População mundial se aproxima de número assustador
O motorista Alexandro Belotte, que passava pelo local, conseguiu captar o exato momento em que a embarcação bate na ponte e causa grande impacto.
“Começou vento muito forte na ponte (…) Foi aí que vi o navio e achei que ele ia passar direto. Mas, pela altura, logo pensei que estava estranho e que não ia passar (…) A parte alta bateu forte na ponte. Na hora, meu telefone caiu no chão. Chegou a balançar a ponte. Balançou muito. O carro quase sai de uma faixa e vai para a outra”, contou Belotte ao g1.
Segundo o motorista, que voltava de um shopping em Niterói quando passou pela ponte no sentido Rio de Janeiro, o fluxo de carros era normal em sua faixa, sendo mais intenso para Niterói.
“Poderia acontecer coisa pior. Graças a Deus não aconteceu nada mais grave. Mas tem que ver se não danificou alguma estrutura da ponte. A batida foi muito forte”, comentou o motorista.
“Quando cheguei muito perto, vi que ia bater. Achei que o navio estava encalhado, mas do nada ele veio na minha direção”, finalizou.
Três navios rebocadores atuaram na remoção do graneleiro. Estiveram presentes, ainda, a Guarda Portuária e uma equipe da Polícia Rodoviária Federal.
Liberação da Ponte
Antes da liberação da Ponte, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, afirmou que não havia indícios de danos mais graves após visitas de engenheiros a três pilares afetas pelo acidente.
Investigação da Marinha
Por nota a Marinha afirmou estar investigando o acidente, afirmando que o graneleiro é objeto de processo judicial e que está ancorado na Baía de Guanabara desde 2016.
“A destinação da embarcação ‘SÃO LUÍS’ é objeto de processo judicial. Enquanto aguarda a decisão judicial, a embarcação permanecia fundeada em local predefinido pela Autoridade Marítima, na Baía da Guanabara, desde fevereiro de 2016, sem oferecer riscos à navegação”, informa o texto.
“Um Inquérito sobre Acidentes e Fatos de Navegação (IAFN) será instaurado para apurar causas, circunstâncias e responsabilidades do acidente”, completa.
Nó no trânsito
A um dia do feria de Proclamação da República, o acidente ocorrido na Ponte Rio-Niterói tumultuou ainda mais o trânsito no local. Segundo informações do g1 e da TV Globo, rapidamente foi possível ver reflexos negativos na via por conta da interdição da Ponte, especialmente na Avenida Brasil.
Imagem destacada: Reprodução
Já assistiu aos novos vídeos no YouTube do Olhar Digital? Inscreva-se no canal!
Tags: