É bem provável que você já tenha passado por um teste de captcha em algum momento nos sites e em outras locais da internet. A ferramenta é utilizada de forma automatizada para diferenciar máquinas e humanos, ou seja, para identificar os famosos ‘bots’.
Muitos sites utilizam os testes de captcha para impedir o envio de spam nas seções de comentários ou compra de itens em massa, por exemplo. A preocupação existe porque, segundo um levantamento da Barracuda Networks, os bots representaram 64% de todo o tráfego da internet em 2021.
Apesar de várias pessoas olharem os bots com um sentido pejorativo, a funcionalidade foi criada para melhorar a qualidade de tarefas e serviços na internet. Eles são softwares programados para imitar o comportamento humano e são usados geralmente em atividades como atendimento ao cliente e mecanismos de pesquisa.
Possivelmente, você já deve ter encontrado um tipo de bot muito comum, que é o chatbot. O recurso é utilizado para atender às consultas de usuários sem precisar envolver os atendentes humanos. Outro tipo bem comum é o bot de compras, que ajuda clientes a encontrarem as melhores ofertas nas lojas online.
Por outro lado, existem os bots ruins da internet em que precisamos ter cuidado, como aqueles utilizados geralmente nas redes sociais e pensados para o aumento de visualizações, engajamento e influenciar discussões na plataforma – e acabam muitas vezes, com isso, trazendo e espalhando desinformações e notícias falsas.
Outros bots ruins estão relacionados com tráfego falso em sites, que coleta dados de dispositivos através de um vírus de computador e lança ataques DDoS. Além disso, há aqueles que fraudam os modelos de campanhas publicitárias na internet, em que geram tráfego falsos nos anúncios pay-per-click. Cada clique é uma taxa que o anunciante tem de pagar pelo anúncio e os bots causam uma confusão nesse sistema.
Apesar disso, os bots continuam dominando a internet. Nesse contexto, muitas empresam não estão interessadas em investigar o tráfego de bots, já que eles podem ser utilizados para fins lucrativos e geram visualizações infladas em seus sites. A publicidade digital também não deseja combater o tráfego falso relacionados aos anúncios em páginas da web, visto que a questão também produz mais dinheiro.
Adicionalmente, o rastreamento de bots é algo bastante complicado, já que o aumento das atividades com esse software está se tornando cada vez mais comum na internet. Por essa razão, é mais difícil identificar o que é um bot ou não.
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Mesmo os algoritmos de detecção de bot existentes nas redes sociais não são muito eficientes. Segundo o artigo da Jumpstart, uma ferramenta do Twitter já identificou a conta de Elon Musk como semelhante a um bot, devido aos comportamentos do perfil. Sendo assim, diversas vezes, as contas bots passam despercebidas pela plataforma.
Desse modo, os testes de captcha acabam sendo devidamente necessários. E com o panorama atual dos bots, tais testes prometem serem ainda mais desafiadores no futuro.
Informações via Jumpstart
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