Na madrugada desta quarta-feira (23), os controladores da missão Artemis 1 perderam contato com a cápsula Orion por 47 minutos. De acordo com um comunicado da NASA, a transmissão dos dados foi interrompida às 3h09 (pelo horário de Brasília), e ainda não se sabe o motivo.

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Registro feito durante o primeiro sobrevoo da cápsula Orion na Lua, na última segunda-feira (21). Imagem: NASA

Ainda segundo a agência, isso aconteceu enquanto os técnicos reconfiguravam uma ligação entre a espaçonave e a Deep Space Network, o conjunto de antenas de rádio que as equipes científicas usam para se comunicar com todas as suas missões espaciais.

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“A reconfiguração foi conduzida com sucesso várias vezes nos últimos dias, e a equipe está investigando a causa dessa perda de sinal”, diz o comunicado. “A equipe resolveu o problema com uma reconfiguração no lado terrestre. Agora, os engenheiros estão examinando os dados do evento para ajudar a determinar o que aconteceu, e o oficial de comando e manipulação de dados estará fazendo o downlink das informações registradas pela Orion durante a interrupção para incluir nessa avaliação”.

Eles garantem que o incidente não causou danos à cápsula Orion, que está se preparando para uma manobra crucial: na sexta-feira (25) ela vai usar o Módulo de Serviço Europeu, projetado e implantado pela Agência Espacial Europeia (ESA), para realizar uma manobra que utilizará a gravidade lunar para permitir que a espaçonave entre na chamada “órbita retrógrada distante” na Lua. 

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“Retrógrada” se refere ao fato de que a cápsula vai girar em torno da Lua no sentido oposto ao que o astro orbita a Terra. E “distante” significa, na prática, que Orion alcançará 64 mil km além do nosso satélite natural, o que representa o ponto mais longe no espaço profundo que uma espaçonave de tripulação já esteve até hoje.

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Depois de cerca de cinco dias nessa órbita, a cápsula retornará para o ponto mais próximo da Lua, a 100 km de altitude, de onde é possível observar as características distintas da superfície lunar, incluindo suas crateras de impacto. Então, ela usará esse sobrevoo próximo para usar a força gravitacional da Lua para acelerar de volta à Terra. 

No caminho, ela vai descartar o módulo de serviço, para reentrar na atmosfera a 40.200 km/h. Nesse momento, previsto para acontecer no dia 1º de dezembro, a cápsula vai experimentar temperaturas de quase 2.800 graus Celsius, estando protegida pelo maior escudo térmico do mundo (com cinco metros de diâmetro).

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Após a reentrada segura, serão acionados os paraquedas, para garantir um mergulho preciso no Oceano Pacífico, na costa da Califórnia, representando o teste final da espaçonave.

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