A energia eólica é uma energia renovável gerada a partir do vento. Ela converte a energia cinética do movimento das pás em energia elétrica de forma mais barata e sem liberar gases poluentes na atmosfera. Elas geralmente são instaladas em terra, em locais com alta incidência de ventos.

Algumas empresas têm desenvolvido turbinas para flutuarem no mar, onde a capacidade de geração de energia é muito maior. Ela também é conhecida como energia eólica offshore e a empresa francesa Eolink pretende inovar no modelo, e já está prestes a testá-lo.

Em 2021, cerca de 57,2 GW de energia foram produzidos a partir de usinas eólicas offshore. Só na China, 27,7 GW de energia foram produzidos nesse modelo. Entretanto, a forma que elas são instaladas no mar é muito parecida com a em terra. Geralmente um poste gigante é fixado no fundo mar, onde as hélices são instaladas. Dessa forma, a fixação das turbinas é limitada a certa profundidade do oceano, para que não seja exigido tanto material e engenharia.

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Entretanto, a Eolink tem trabalhado em um modelo de base piramidal que substitui o poste único que suporta o cata-vento. A base piramidal funciona como os pés de uma roda gigante: dois triângulos de cada lado suportam a hélice no meio deles. Esse modelo contribui para a forma com que o peso das pás é distribuído na estrutura. Isso possibilita que até 30% menos aço seja usado para produzi-las. 

A empresa espera que seu modelo forneça eletricidade de 20% a 25% mais barata que outras tecnologias vistas como referência. O seu design também favorece que suas hélices sejam maiores. As pás não correm risco de baterem na torre, o que possibilita que sejam instaladas pás mais longas e flexíveis. Essa vantagem pode possibilitar até 10% mais produção de energia dependendo das condições do vento.   

Esquerda: O modelo de turbina eólica offshore de poste único coloca mais estresse nos postes de suporte do que no modelo piramidal. Direita: As pás da turbina piramidal podem ser maiores e mais flexíveis pois corre risco de bater na torre. [Imagem: Divulgação Eolink]

Quanto a instalação e manutenção, o modelo da Eolink também pretende ser muito mais prático. Elas não precisam ser fixadas diretamente ao fundo mar. Elas flutuam em profundidades relativamente rasas e são presas ao solo através de cabos. Quando construídas, é preciso somente colocá-las na água e rebocar até o local que serão instaladas. A manutenção delas também é fácil, pois seu design permite que o caminho contrário seja feito apenas às levando de volta ao porto onde o trabalho pode ser realizado de forma mais fácil. Isso faz com que não seja necessário o uso de equipamentos mais caros, como navios guindastes, para mantê-las funcionando.  

O modelo Eolink é mais fácil de instalar. [Imagem: Divulgação Eolink]

De acordo com a Recharge News a empresa francesa recebeu um investimento de 23 milhões de dólares. O valor possibilitará que a Eolink desenvolva uma turbina de 5 MW em escala real para realizar os primeiros testes. Ele terá uma base quadrada de 52 metros de lado e pesará 1100 toneladas. A sua construção já começa esse mês e espera-se que ate o outono do ano que vem ela já esteja instalada no local de teste SEM-REV no oceano Atlântico francês. Mas os planos da empresa não param por aí, a ideia é futuramente construir uma turbina gigante de 20 MW usando esse mesmo projeto, e será maior que a maior turbina eólica do mundo atualmente. 

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