Considerada o ponto de partida para uma nova era da exploração lunar e do espaço profundo, a missão Artemis 1 foi concluída com sucesso no domingo (11), com um mergulho às 14h40 (pelo horário de Brasília) na costa da Baixa Califórnia, estado mexicano que faz fronteira com a Califórnia dos EUA. 

A espaçonave reentrou na atmosfera terrestre a uma velocidade de 40 mil km/h, cerca de 32 vezes a velocidade do som, exatos 25 dias depois de decolar no topo do foguete Space Launch System (SLS) a partir do Centro Espacial Kennedy, da NASA, na Flórida, com o intuito de abrir caminho para a instalação da presença humana na Lua de forma sustentável.

publicidade

No trajeto de volta para casa, antes de enfrentar a turbulenta reentrada, Orion captou um impressionante último registro do nosso planeta azul na imensidão escura do cosmos, e a agência espacial norte-americana compartilhou o vídeo em tempo real pelo Twitter.

O principal objetivo desse voo não tripulado era circundar nosso satélite natural para testar tecnologias essenciais para todas as outras missões do Programa Artemis, como o megacomplexo veicular formado pelo SLS e a cápsula Orion, além dos sistemas de comunicação e de suporte de vida.

publicidade

Durante a missão, Orion chegou a quase 435 mil km da Terra, atingindo o ponto mais distante que qualquer veículo espacial construído para transportar humanos já esteve do nosso planeta.

De acordo com o site Space.com, a marca anterior, de 400.171 km, é da missão Apollo 13, que, na verdade, nem deveria viajar tão longe. A espaçonave deu uma volta ao redor da Lua em vez de pousar na superfície depois que um tanque de oxigênio no módulo de serviço falhou.

publicidade

Leia mais:

Depois desse voo inaugural do Programa Artemis, o próximo é esperado para 2024, com tripulantes a bordo da missão Artemis 2, que foi projetada para repetir o mesmo circuito, também sem chegar a pousar em solo lunar. 

publicidade

Isso, de fato, só deve acontecer entre 2025 e 2026, com a missão Artemis 3, que finalmente levará a humanidade a pisar de novo na Lua, mais de meio século depois da nossa última visita, feita em 1972, com a missão Apollo 17.

Um fato curioso que relaciona a mais recente missão lunar tripulada com a Artemis 1 é que o retorno da cápsula Orion à Terra se deu exatamente 50 anos depois que os astronautas Eugene Cernan e Harrison Schmitt entraram para a história como os últimos dos 12 homens que colocaram os pés na Lua.

Já assistiu aos novos vídeos no YouTube do Olhar Digital? Inscreva-se no canal!