Origem do Drácula pode ter sido descoberta por cientistas

De acordo com os cientistas, as biomoléculas encontradas na investigação dos documentos terão a sua composição e idade analisadas
Por Isabela Valukas Gusmão, editado por Lucas Soares 15/12/2022 18h36, atualizada em 16/12/2022 08h14
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Imagem: Castelo do drácula com morcegos voando ao redor. Créditos: wavebreakmedia/Shutterstock
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O Conde Drácula realmente existiu? Para você que pensava que a história escrita pelo romancista Bram Stoker era fruto apenas da imaginação do autor, uma investigação iniciada por um trio de cientistas pode acrescentar informações ao imaginário que permeia o conto.

Para isso Gleb e Svetlana Zilberstein, juntamente com o professor Pier Giorgio Righetti, da Universidade Politécnica de Milão, utilizaram um método que coleta e interpreta vestígios bioquímicos de figuras históricas, logo, eles iniciaram uma busca pelos dados genéticos do homem que inspirou a criação do Conde Drácula.

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De acordo com uma entrevista concedida pelo casal Zilberstein ao jornal britânico The Guardian, eles investigarão vestígios de saliva, suor e impressões digitais deixadas em cartas escritas há mais de 500 anos por Vlad Drácula, inspiração de Stoker para a criação do vampiro. A figura, também conhecida como “Vlad, o Empalador”, foi príncipe da Valáquia, localizada ao sul da atual Romênia, e entrou para a História principalmente devido à brutalidade empenhada contra seus inimigos. Ele exibia os corpos dos opositores presos a estacas.

De acordo com os cientistas, as “biomoléculas históricas” encontradas nos documentos terão a sua composição e idade analisadas. Será através delas que os envolvidos obterão informações sobre a saúde, o estilo de vida e a nutrição do indivíduo. Até mesmo dados sobre as condições ambientais do local onde Vlad morava poderão ser identificadas.

Método foi aplicado em outras investigações

O documento escolhido por Gleb e Svetlana para ser analisado foi o manuscrito escrito ao povo de Sibiu, em 4 de agosto de 1475, em que o príncipe anunciava sua mudança para a cidade. O método de análise bioquímica já foi utilizado em outra ocasião, no manuscrito original de “O Mestre e Margarita”, escrito por Mikhail Bulgákov, e na carta de George Orwell a Moscou. Neste último documento, eles encontraram “vestígios de tuberculose, [doença] que ele contraiu na Espanha”, pontuou Gleb.

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Isabela Gusmão é estagiária e escreve para a editoria de Ciência e Espaço. Além disso, ela é nutricionista e cursa Jornalismo, desde 2020, na Universidade Metodista de São Paulo (UMESP).

Lucas Soares
Editor(a)

Lucas Soares é jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atualmente é editor de ciência e espaço do Olhar Digital.