Erupções solares são explosões de plasma repletas de radiação eletromagnética que arrebentam a superfície do Sol e viajam à velocidade da luz. Quando dirigidas à Terra, essas rajadas chegam ao nosso planeta pouquíssimos minutos após emergirem da atmosfera solar.

Os clarões (sinalizadores) são classificados em um sistema de letras, e cada uma dessas categorias, por sua vez, tem seus subníveis.

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  • Classe C, relativamente fracos;
  • Classe M, mais moderados ;
  • Classe X, mais fortes. 

Embora seja um fenômeno bastante comum, às vezes, ele pode surpreender. Como aconteceu nesta quarta-feira (14), quando cientistas relataram não apenas uma, mas pelo menos 10 erupções solares.

De acordo com o site SpaceWeather.com, uma das explosões, de categoria M6, causou um breve apagão de rádio sobre o Oceano Atlântico por volta das 12h40 (pelo horário de Brasília). Assim como essa, a maioria das labaredas detectadas se enquadram na classe M.

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Keith Strong, físico solar e divulgador científico, publicou um vídeo de lapso de tempo mostrando as 10 erupções em sua conta no Twitter.

Antes disso, quando o número de ocorrências ainda estava em oito, o cientista havia divulgado que todas as explosões vinham da mesma mancha solar, a AR3165. Nesse tweet, Strong demonstra preocupação com a possibilidade de que um surto X estivesse próximo.

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Horas mais tarde, ele revelou que outra região do Sol também havia explodido. “A parte leste também está ativa, não tão espetacularmente quanto a oeste”, disse o físico, comparando o vigor das duas manchas solares que liberaram erupções.

Manchas solares são áreas mais escuras e frias na camada mais baixa da atmosfera do Sol, nas quais as linhas do campo magnético são torcidas e tensas. As labaredas se soltam dessas regiões quando as linhas magnéticas estouram, liberando energia.

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As erupções solares às vezes são acompanhadas por ejeções de massa coronal (CMEs), que são nuvens de plasma magnetizado que viajam muito mais lentamente do que as erupções, levando até três dias para chegar à Terra.

Dependendo da potência com que chegam por aqui, as CMEs desencadeiam tempestades geomagnéticas na atmosfera de maior e menor proporção. Essas tempestades geram belas exibições de auroras, mas também podem causar apagões de energia e até mesmo derrubar satélites da órbita.

Até agora, não houve nenhuma informação dos meteorologistas espaciais se qualquer uma das dez recentes erupções solares disparou uma CME que poderia atingir a Terra.

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