EUA veta exportação de chips da ARM para a China

Nova lei americana proíbe o envio de processadores para China e Rússia; o motivo seria espionagem
Por Fernanda Lopes Soldateli, editado por Adriano Camargo 15/12/2022 10h05, atualizada em 15/12/2022 21h08
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A ARM, famosa fabricante de processadores não venderá mais seus chips da série Neoverse V para a empresa de tecnologia chinesa Alibaba, já que provavelmente terá sua licença de exportação negada pelos Estados Unidos (EUA) e para o Reino Unido (UK).

Essa decisão segue a nova lei dos EUA que restringe a exportação de chips para China e da Rússia que possam ser reaproveitados para o uso militar. 

A ARM acredita que esta nova série se encaixaria em processadores de alto desempenho e seriam afetados pela nova lei. Embora ela pudesse solicitar uma licença, muito provavelmente seria negada de acordo com as fontes reguladoras do processo de venda. Segundo o Engadget, esta pode ser a primeira vez que a empresa decide não exportar um design tão avançado para a China.

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A empresa trabalha com uma arquitetura avançada para chips usados em diversos produtos, que variam de smartwatches a supercomputadores. Porém, eles não fabricam seus próprios processadores, e sim vendem sua tecnologia para fabricantes, como TSMC e Samsung, que são produzidos por estas outras empresas. Esta nova linha de chips tem a tecnologia de mais alto desempenho da marca. 

O presidente americano Joe Biden também deve colocar o fabricante chinês de chips YMTC em sua lista de entidades não verificadas nas próximas semanas. A empresa supostamente violou os controles de exportação dos EUA ao fornecer à fabricante chinesa de smartphones Huawei chips de memória NAND, que são capazes de reter dados mesmo se a energia estiver desligada. 

O governo dos EUA tinha o YMTC em uma lista de entidades “não verificadas”, o que significa que não foi possível realizar uma checagem para confirmar que a tecnologia não estava sendo usada ilegalmente. Trinta empresas chinesas, incluindo a YMTC, tiveram 60 dias para evitar serem colocadas em uma lista de entidades com exportações restritas. O governo chinês agora permite tais verificações, mas nem todas as empresas estão necessariamente cooperando.

“Impedimos a aquisição e o uso de tecnologia dos EUA pela China no contexto de seu programa militar a fim de não alimentar seus esforços de modernização militar, cometer abusos dos direitos humanos e permitir outras atividades malignas”, afirmou o controle de exportação de tecnologia americano. 

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Fernanda Lopes Soldateli é redator(a) no Olhar Digital

Jornalista 100% geek há quase 20 anos, pai do Alê, fanático por tecnologia, games, Star Wars, esportes e chocolate. Narrador/comentarista esportivo e Atleta Master. Não necessariamente nessa ordem.

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