Parece que a investigação sobre o vazamento da cápsula tripulada Soyuz, ancorada na Estação Espacial Internacional (ISS), noticiado ontem (15) pelo Olhar Digital, deu resultado e os engenheiros envolvidos levantaram a hipótese de que a falha poderia ter sido causada pelo impacto de um micrometeorito.
A NASA TV mostrou imagens da cápsula e do vazamento. Nelas foi possível visualizar várias partículas brancas, parecidas com flocos de neve, saindo da aeronave. A substância branca é um tipo de refrigerante e a perda desse componente forçou o cancelamento de uma caminhada espacial que seria feita por dois cosmonautas russos na quarta-feira.
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De acordo com a agência espacial russa, a Roscosmos, e a agência espacial dos EUA, o vazamento na Soyuz MS-22 felizmente não representou nenhum perigo para os astronautas e cosmonautas a bordo da ISS. “Os membros da tripulação a bordo da estação espacial estão seguros e não estavam em perigo durante o vazamento”, acrescentou a NASA.
Segundo a agência de notícias TASS, o ex-cosmonauta, Sergei Krikalev, disse que “a causa do vazamento pode ser um micrometeorito entrando no radiador”. Ele complementou ao dizer que “nenhuma outra mudança nos parâmetros telemétricos da espaçonave Soyuz ou da estação (ISS) nos segmentos russo ou americano foi detectada”.
Incidente pode deixar a Soyuz inoperante
Foi a Soyuz MS-22, envolvida neste incidente, que levou os cosmonautas russos Sergei Prokopyev e Dmitry Petelin e o astronauta da NASA Frank Rubio para a ISS em setembro. O trio deve retornar em março para a Terra e se a Soyuz MS-22 não estiver disponível, outra espaçonave deve ser enviada para ocupar o seu lugar.
“A tripulação relatou que o dispositivo de alerta do sistema de diagnóstico da nave disparou, indicando uma queda de pressão no sistema de resfriamento”, disse a Roscosmos sobre o vazamento. “No momento, todos os sistemas da ISS e da cápsula estão operando normalmente, a tripulação está segura.”
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