Pele artificial simula toque em realidade virtual

É possível reproduzir sensações táteis agradáveis e desagradáveis, além de conseguir distinguir as diferentes sensações de toque
Por Isabela Valukas Gusmão, editado por Lucas Soares 16/12/2022 22h00, atualizada em 19/12/2022 20h42
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A cada dia que passa a tecnologia se desenvolve para promover uma imersão completa das pessoas, principalmente quando se trata de mundos virtuais. Os olhos e os ouvidos foram os primeiros a entrar nesse novo universo, agora, os cientistas trabalham para que o toque seja o próximo. Com esse objetivo em vista, os engenheiros da Universidade da Cidade de Hong Kong desenvolveram o WeTac. Trata-se de uma “pele” eletrônica fina e vestível que fornece feedback tátil aos usuários imersos na Realidade Virtual (RV) ou na Realidade Aumentada (RA).

Apesar de não se tratar de um campo escasso, principalmente no que diz respeito aos dispositivos vestíveis projetados para fornecer esse tipo de resposta ao usuário, o que limita a sua propagação e o seu uso é o tamanho e o volume dos aparatos utilizados para sentir o toque, já que eles exigem configurações complexas e um emaranhado de fios.

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Por enquanto, o sistema WeTac parece ser um dos mais próximos de atingir o objetivo tátil, isso porque ele é feito com um hidrogel de borracha, que gruda na palma da mão e na ponta dos dedos, conectado a uma pequena bateria, que pode ser recarregada sem a necessidade de fios, e todo esse sistema se comunica por Bluetooth.

Há 32 eletrodos espalhados pelo hidrogel na palma da mão e em todos os dedos. A partir desses dispositivos, correntes elétricas são emitidas para produzir as sensações táteis. É possível formar diferentes combinações desses eletrodos, com intensidades diferentes.

Reprodução: CityU Research & Technology/YouTube

É possível ter sensações táteis agradáveis e desagradáveis

Dentre as demonstrações feitas, é possível distinguir a sensação de pegar uma bola de tênis ou de sentir um mouse virtual passar pela sua mão. Sensações desagradáveis, como encostar em um cacto, também podem ser produzidas.

A equipe responsável por ter criado esse sistema disse que ele poderia ser emparelhado com realidade virtual ou realidade aumentada. Dessa forma, os usuários dessas modalidades poderiam de fato sentir o toque do que está acontecendo nas telas. Já pensou em poder controlar robôs de forma remota e sentir aquilo que o robô está agarrando? Seria no mínimo interessante.

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Isabela Gusmão é estagiária e escreve para a editoria de Ciência e Espaço. Além disso, ela é nutricionista e cursa Jornalismo, desde 2020, na Universidade Metodista de São Paulo (UMESP).

Lucas Soares
Editor(a)

Lucas Soares é jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atualmente é editor de ciência e espaço do Olhar Digital.