Lançado no natal de 2021, 25 anos depois de começar a ser desenvolvido, o Telescópio Espacial James Webb (JWST), mais moderno observatório em órbita da NASA, já nos apresentou uma série imagens astronômicas incríveis, trazendo o passado do nosso universo para o presente e fornecendo aos astrofísicos um vislumbre do futuro.

Seus grandes feitos, claro, são muito bem aproveitados e devidamente reconhecidos pela comunidade científica. Prova disso é que três das principais publicações mais prestigiadas do ramo oficializaram o telescópio espacial de US$10 bilhões – ou R$53 bilhões, na cotação atual – como “a coisa científica do ano”.

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Representação artística do Telescópio Espacial James Webb, a “Inovação Científica de 2022”. Imagem: muratart – Shutterstock

Cientista do Telescópio James Webb também recebe destaque

No mês passado, a revista Time listou o James Webb entre as 200 inovações que mudam a forma como vivemos.

Depois, foi a vez dos editores da revista Science selecionarem o telescópio entre um grupo de candidatos (que também incluía a missão de deflexão de asteroide DART, da NASA) concorrentes ao título de “Inovação Científica de 2022”. Em seu anúncio, a Science elogiou o equipamento por permitir que os pesquisadores revelassem o “passado insondável do universo em detalhes impressionantes e sem precedentes”.

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Segundo descrito na publicação, “poucos dias depois de Webb entrar em operação no final de junho de 2022, os pesquisadores começaram a descobrir milhares de novas galáxias mais distantes e antigas do que qualquer outra documentada anteriormente – algumas talvez mais de 150 milhões de anos mais velhas do que as mais antigas identificadas pelo Hubble”.

Por fim, em uma seletiva promovida pelo periódico Nature, a cientista do Projeto de Operações do JWST, Jane Rigby, ficou entre as “10 pessoas que ajudaram a moldar histórias científicas” de 2022.

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Detalhes antes inalcançáveis do universo são revelados

Orbitando a uma distância de 1,5 milhão de km da Terra, na região conhecida como “Segundo Ponto de Lagrange” (L2) entre o nosso planeta e o Sol, Webb é cuidadosamente protegido da radiação solar.

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Essa proteção é crucial para a capacidade do observatório de detectar o sinal infravermelho mais fraco, essencialmente calor, vindo das profundezas do universo e de dentro de espessas nuvens de poeira cósmica que obscurecem a visão de telescópios ópticos, como o Telescópio Espacial Hubble.

Pilares da Criação
Imagem dos Pilares da Criação capturada pelo Telescópio James Webb. Imagem: NASA

Desde o lançamento de suas primeiras imagens, em 12 de julho, o observatório vem fornecendo um fluxo constante de visões inspiradoras do universo, uma mais impressionante do que a outra. 

Ele fez, por exemplo, seus próprios registros de alguns dos mais famosos objetos anteriormente fotografados pelo Hubble, revelando detalhes até então inalcançáveis.

Webb já conseguiu ver objetos a mais de 13,4 bilhões de anos-luz de distância, aqueles existentes na época em que o universo tinha apenas 350 milhões de anos. 

Entre muitas descobertas, o observatório revelou explosões de nascimentos estelares dentro dos Pilares da Criação e detectou vestígios de dióxido de carbono na atmosfera de um exoplaneta.

E tudo isso sem ao menos ter completado um ano no espaço. Imaginem só o que ainda vem por aí!

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