Arqueólogos descobriram joias de ouro, incluindo um anel representando o “deus da diversão”, em um túmulo de mais de 3,3 mil anos no Egito.

Segundo um comunicado do Ministério do Turismo e Antiguidades do país, a tumba fica na parte norte da antiga cidade de Akhetaton (atual Amarna), cerca de 300 quilômetros ao sul do Cairo. 

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Anel de ouro contendo gravura de Bes, anão considerado o “deus da diversão”, que também protegia as mulheres que davam à luz. Créditos: Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito

Tal cidade foi construída pelo faraó Akhenaton (reinado por volta de 1353 a.C. a 1336 a.C), que tentou mudar a religião politeísta do Egito, concentrando-a em torno da adoração do Aton, o disco solar. Ele mudou a capital do Egito de Tebas, na atual Luxor, para a recém-construída cidade desértica de Akhetaten. 

As reformas religiosas de Akhenaton foram desfeitas por seu filho, Tutancâmon, e a nova cidade foi abandonada não muito tempo depois de sua morte.

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Entre as joias recentemente descobertas, há três anéis, um deles contendo uma imagem gravada de Bes, que era conhecido como “o deus da diversão”, disse o comunicado.

Imagens antigas de Bes são encontradas com frequência no Egito. A divindade é retratada como um anão que, além de tocar música e brincar, também protegia as mulheres durante o parto, escreveu George Hart, que foi egiptólogo no Museu Britânico, em seu livro “The Routledge Dictionary of Egyptian Gods and Goddesses Egypts” (algo como “O Dicionário de Roteiro dos Deuses e Deusas egípcios”, em portugês).

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Outro anel contém uma inscrição hieroglífica egípcia com a inscrição “Sat I Plant Tawi”, que significa “Senhora da Terra”. Não está claro quem teria sido essa mulher. Um colar de ouro também foi encontrado no túmulo.

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Não se sabe a quem a tumba pertencia, o motivo de essas joias terem sido enterradas nem se o túmulo fazia parte de um cemitério ou outro local dentro da parte norte da cidade. “As escavações em Amarna estão em andamento, e os detalhes sobre os achados serão publicados em breve”, disse Anna Stevens, diretora assistente das escavações do Projeto Amarna e professora do Centro de Culturas Antigas da Universidade de Monash, na Austrália, em entrevista ao site Live Science

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