Apontar a espécie viva mais antiga da Terra, pode ser difícil. Entretanto é de conhecimento dos cientistas qual é uma das espécies de vertebrados mais longevas dos dias atuais. Estamos falando dos Tubarões da Groenlândia, que podem viver cerca de 400 anos de vida, mas você já parou para pensar, como os cientistas descobriram que eles vivem tanto tempo assim? 

A descoberta da espécie se deu em 2010 e 2013, liderada por pesquisadores da Universidade de Copenhague. Depois de capturar acidentalmente vinte e oito fêmeas de tubarão da Groenlândia por barcos de pesca, a pesquisa foi iniciada. Apesar de não ser uma descoberta recente, usuários das redes sociais comentaram nos últimos dias como foi essa descoberta.

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Para datar a idade de novas espécies de tubarão, os pesquisadores geralmente fazem observações das camadas de tecido calcificado que crescem em regiões ósseas como escamas de nadadeiras.

Entretanto, a anatomia dos tubarões da Groenlândia não facilitou esse processo. Isso porque esses animais não possuem barbatanas espinhosas. Além disso elas são pequenas e moles. 

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Dessa forma, para descobrir quantos anos possuíam os exemplares recém capturados por pescadores, os cientistas recorreram à contagem dos níveis de radio carbono. O elemento é encontrado nos olhos dos animais e presença de elementos nos olhos dos tubarões da Groenlândia só acontecem porque ele se forma ainda na fase em que estão no útero da mãe, mostrando assim os níveis de radio carbono no oceano na época em que  o órgão foi formado.

Dos 28 animais encontrados, o maior deles, com cerca de 5 metros de comprimento, provavelmente possuía entre 272 e 512 anos de idade. Apesar de a datação por radio carbono ter dado um resultado impreciso, os cientistas acreditam que ele nasceu no século 17.

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Datação por radiocarbono

A datação por radio carbono é feita pela contagem da quantidade desses elementos em tecidos orgânicos mortos. A quantidade de radiocarbono presente nesses tecidos cai drasticamente permitindo estimar quanto tempo possuem.

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Nos tubarões da Groenlândia, à parte observada do olho do peixe é basicamente feita por uma proteína metabolicamente inerte. Ou seja, depois de formadas, elas não são renovadas. 

A explicação para essa longevidade pode estar no fato dos tubarões da Groenlândia crescem muito pouco ao ano. Os animais crescem cerca de um centímetro por ano, o que torna possível datar a idade deles a partir do tamanho.

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