- Design condizente com público gamer
- Controles físicos de fácil acesso
- Modo headset quebra bem o galho
- Reforço exagerado nos médios
- Luzes são controladas apenas pela celular
- Poderia ter uma USB-C extra
A LG não é a empresa que mais se aventura no mercado gamer, mas nem por isso ela deixa de criar bons acessórios que auxiliam a experiência de jogar alguma coisa no PC. A soundbar UltraGear Gaming GP9 é uma dessas apostas, tentando trazer som de peso para o usuário, enquanto também funciona como apoio para conversar com a equipe e ela tem até bateria integrada.
Sim, ela é uma pequena soundbar com microfone e que tem bateria interna, prometendo até cinco horas de som, que pode resultar em autonomia menor se você ativar um dos recursos gamer mais importantes do momento: luzes. Enfim, será que ela cumpre a promessa? Vale a pena colocar este acessório num uso que geralmente é feito pelo fone de ouvido?
Eu passei as últimas semanas testando a LG UltraGear Gaming GP9 em diversos cenários e conto minha experiência nos próximos parágrafos.
Visual gamer e bem alinhado

Começando pelo design, a UltraGear Gaming GP9 tem o que se espera de um produto gamer: visual com linhas mais retas e praticamente nenhuma curva, além de estética mais agressiva. É isso que o jogador espera e é com estes pontos que todo setup é montado.
A caixa de som em si tem formato de trapézio, onde os alto-falantes ficam projetados para frente em uma área mais larga que a traseira. Nela ficam as conexões e nas diagonais laterais estão os dois woofers. Uma portinha esconde as entradas e ela faz sentido quando você apela para o Bluetooth como envio de dados e usa a bateria interna, para ficar longe da tomada.

Aqui você tem a entrada de energia em plugue redondo, uma USB-C para que o áudio chegue até a soundbar por este cabo, entrada óptica e uma saída auxiliar. Fora da tampinha ainda existe um conector para fones de ouvido – aquele que vem sumindo dos smartphones e tablets.
Por cima, a LG concentrou os comandos, com um botão para ligar e desligar, outro para escolher a fonte do som (se Bluetooth ou um dos cabos), um para ativar ou desativar o modo headset, controle de volume, mute e também equalização pré-definida em três configurações distintas.

Os botões são iluminados em brilho suficiente para o uso em ambientes escuros e me agradou bastante o tamanho exagerado do controle de volume. Ele está em um grande dial, com acabamento tátil para quando o jogador precisa controlar o áudio e não pode tirar o olho da tela. É bater o dedo e encontrar o ajuste.
Enfim, fechando a parte externa você tem luzes. São alguns LEDs dentro da grade que protege os alto-falantes e outros no logo da linha gamer da LG. Ao todo são mais de 16 milhões de cores possíveis que são escolhidas dentro do app XBOOM, mas todas estáticas e sempre em uma só tonalidade – não é possível deixar um lado com uma cor e outro com outra.

Soundbar recebe áudio pelo ar ou por cabo
Falando nele, o aplicativo também funciona para além de simplesmente escolher a cor dos LEDs. Nele você tem atualização de software (sim, para uma caixa de som), checa a quantidade de bateria, insere correção para interferências sonoras e regula a equalização.
Nele você encontra ajuste para 10 frequências, configura a saída da música ou do game ao seu gosto. O app é completo para o que se espera de uma pequena soundbar gamer, mas eu senti muita falta de poder controlar todos estes recursos (ou parte deles) no PC, mesmo com os ajustes aparecendo apenas quando o acessório conversa com o computador pela porta USB-C.

Se você quiser fazer tudo o que eu falei, precisa parear a UltraGear Gaming GP9 da LG com um Android ou iPhone, para então realizar os ajustes. Só depois você pode voltar para o PC e continuar jogando. Este ponto é consideravelmente negativo justamente pela proposta da caixa: ser um produto gamer, no PC ou para console e não para o celular ou tablet.
Outro ponto importante que poderia estar aqui é uma segunda porta USB-C para transformar a soundbar em uma espécie de hub, para que você não ocupe uma porta para o som e acabe ficando com menos conexões disponíveis no computador.
Um botão extra com ícone de headset faz justamente isso: reforça o uso da UltraGear Gaming GP9 como entrada de áudio. Ele basicamente troca a saída da caixa de som para o fone de ouvido plugado, invertendo em um novo pressionar do botão.

Bom som, mas só se você equalizar
Olhando para a capacidade dos alto-falantes, saiba que eles são medianos. Os níveis de volume não são tão elevados, mas ainda assim conseguem preencher um quarto pequeno com facilidade e fazem isso sem grandes distorções sonoras.
O conjunto sonoro tem dois tweeters de 20 milímetros, dois woofers de duas polegadas e radiador passivo para aumentar a sensação de grave, mesmo em um produto mais compacto e sem o duto de ar necessário para a movimentação do volume. O resultado é bacana, mas eu senti que a soundbar tende a reforçar muitos dos médios em praticamente todo momento.
Um ajuste aqui e ali no aplicativo e o problema foi resolvido e se você não tem familiaridade com um equalizador manual, eu recomendo fortemente o modo “Sound Boost” que aparece apenas dentro do app. Ele reforça o que faltou e elimina alguns dos médios exagerados.

Os outros modos de equalização focam em estilos de jogos, com o RTS para qualquer título de estratégia em tempo real e isso envolve até mesmo MMORPG da vida. Já o FPS tenta dar maior imersão com games de tiro em primeira pessoa. Eu não senti tanta diferença entre eles, a não ser a mudança de frequências de áudio no ouvido.
A soundbar tem alguns microfones apontados para cima e que prometem funcionar como um headset, sem um headset de fato na cabeça. Eu me surpreendi como a tecnologia da LG conseguiu deixar minha voz clara, mesmo com a captação acontecendo quase no mesmo local onde o som sai pelos falantes.
Claro que não é a melhor experiência de jogo e um headset continua como a opção de maior qualidade, mas a soundbar da LG fez bem seu trabalho e cumpriu a proposta.
Tem bateria, mas dura pouco

Tudo isso tem tomada para funcionar direto na energia, ou então bateria para uso mais portátil. São 2.600 mAh e a carga é suficiente para cerca de cinco horas de reprodução de música enquanto as luzes estão desligadas e o volume não ultrapassa 50% de sua capacidade. É pouco, principalmente quando você coloca as outras caixas da própria LG, com autonomia ultrapassando as 20 horas.
Um exemplo é a Xboom Go XG5, que tem a mesma potência de 20 watts para os falantes e tem bateria para 18 horas de música sem parar. A XG7 é maior e entrega 24 horas de autonomia – também com volume em 50% e sem a iluminação.
Com isso, a LG UltraGear Gaming GP9 não é exatamente uma caixa de som portátil para uma festa ou reunião longa. Pensando nisso, a marca poderia ter abandonado a ideia de bateria integrada e aproveitado o espaço que sobrou para aumentar a potência sonora, seja em graves mais presentes ou então em mais falantes para preencher melhor o ambiente – pense: o gamer joga com o notebook ou PC sempre na tomada, a soundbar também estará lá naquele mesmo momento.
LG UltraGear Gaming GP9: Vale a pena?

É complicado avaliar se vale a pena, justamente pela falta de concorrência no mercado com a mesma proposta. Se você precisa de um som mais forte para o setup gamer e quer ter a possibilidade de usar a soundbar em uma festa com menos de cinco horas de duração, a LG UltraGear Gaming GP9 é bacana e cumpre a promessa.
Ela tem visual que encaixa bem neste tipo de usuário, oferece controles e recursos focados para o gamer e até vira um headset para quando a pessoa esquece o seu em casa.
A caixa foi lançada no Brasil neste ano por R$ 4 mil, mas já é vendida pela própria LG por valores girando em menos da metade disso. Ela é bacana para quem quer ter um setup com som mais alto e potente, sem necessariamente ocupar muito espaço da mesa. Por outro lado, se você espera envolvimento sonoro e imersão dentro do game, nada supera um fone de ouvido – que tende a custar bem menos.
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Conectividade7.0
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Design9.0
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Graves8.0
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Médios5.0
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Agudos8.0
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Recursos8.0
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Bateria5.0
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