Europa tem 8 anos para cortar 60% da emissão de carbono

No último sábado a UE se reuniu para reformar acordo sobre a redução das emissões de gases do efeito estufa nos próximos anos
Por Mateus Dias, editado por Lucas Soares 21/12/2022 10h57, atualizada em 21/08/2023 10h46
Bandeira da União Europeia em dia ensolarado
(Imagem: Shutterstock)
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O Parlamento e o Conselho Europeu firmaram no último sábado, 17, um acordo para reformar o EST (sigla em inglês para Sistema de Comércio de Emissões) . As reuniões para que o acordo fosse firmado levaram mais de 30 horas para serem finalizadas O resultado das discussões foi anunciado pelos eurodeputados e governos dos países pertencentes à União Europeia e incentiva a redução da emissão de carbono em 62% até 2030 e o fim do “direito de poluir”

O EST foi criado em 2005 e precifica as emissões de carbono na atmosfera. Ele visa reduzir e limitar as emissões de gases do efeito estufa emitidos por indústrias de 31 países (os 27 da União Europeia, mais Reino Unido, Islândia, Noruega e Liechtenstein). 

As emissoras precisam comprar ou receber licenças para poderem liberar gases do efeito estufa, ao mesmo tempo que ao decorrer dos anos, as emissões são reduzidas. Até então, a meta era reduzir as emissões de carbono em 43% até 2030.

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A reformulação do acordo de EST

Com a nova reformulação do acordo, a meta é acelerar a redução de carbono. Agora em 2030, espera-se ter alcançado 62% de redução dos gases em comparação com o número de 2005. 

Além de diminuir as licenças, o novo acordo também pretende incentivar a adoção e o investimento em tecnologias verdes. O sistema de comércio que anteriormente abrangiam a indústria e o transporte área, com o novo acordo um novo sistema de comércio será criado em 2027 para incluir outros grupos poluentes.

No novo acordo os setores de aquecimento e de transporte rodoviário vão ser os primeiros incluídos em 2027. Nos próximos anos, a intenção é que o transporte marítimo e o setor de incineração também passe a contribuir para a redução dos gases do efeito estufa.

Outro ponto firmado no sábado é a criação de um Fundo do Clima Social de 86,7 bilhões de euros para os países mais vulneráveis. 

Apesar das negociações estarem finalizadas, agora o Conselho e o Parlamento Europeu, precisam oficializar as decisões para que o acordo entre em vigor.

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Redator(a)

Mateus Dias é estudante de jornalismo pela Universidade de São Paulo. Atualmente é redator de Ciência e Espaço do Olhar Digital

Lucas Soares
Editor(a)

Lucas Soares é jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atualmente é editor de ciência e espaço do Olhar Digital.