Todos já vimos filmes em que a inteligência artificial se rebela contra a humanidade e uma guerra acontece. Porém, as IAs criadas até hoje não possuem consciência, ou seja, não tem vontade nem ideias próprias, o que faz com que estas teorias não se tornem uma realidade tão rápido. Isso nos leva a pensar o que as inteligências são capazes de fazer e até que ponto devemos temê-las. 

Os novos lançamentos de chatbots, como o ChatGPT, e as inteligências capazes de criar obras de arte estão fazendo com que esta tecnologia seja muito comentada. Em uma entrevista ao The New York Times, a cientista da computação Yejin Choi, ganhadora da prestigiosa bolsa “gênio” da MacArthur de 2022, diz que “há um pouco de exagero em torno do potencial da IA, também como o medo”.

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Além disso, Choi fala sobre estar bem cética sobre uma possível inteligência artificial senciente. “Posso ver que algumas pessoas podem ter essa impressão, mas quando você trabalha tão perto da IA, vê muitas limitações. Esse é o problema”, diz ela. 

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As opiniões da professora da Universidade de Washington sobre o uso das IAs parecem ser mais realistas do que a da maioria das pessoas. Com o público podendo usar o ChatGPT ou GPT-3 muitas suposições surgiram, como eles seriam capazes de ocupar trabalhos antes feitos por humanos. Para Choi isto é um grande equívoco. Ela explica que isso não seria possível já que as inteligências não possuem noção sob um verdadeiro fundo político, então não podendo criar algo de real relevância para o mundo.

Ainda falando sobre o GPT-3, ela afirma ser “uma grande fã, mas ao mesmo tempo sinto que o público o tornam maior do que é. Algumas pessoas dizem que talvez o Teste Turing já tenha passado. Eu discordo porque, sim, talvez pareça que foi aprovado com base em um melhor desempenho do GPT-3”. Este teste acontece da seguinte forma: se uma pessoa se comunicasse com uma máquina e não fosse capaz de distinguir se ela está falando com um ser humano ou com uma inteligência artificial, a máquina estaria aprovada.

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Yejin Choi

Não podemos levar tudo ao extremo. Para a professora, as inteligências artificias ainda tem muito o que contribuir e evoluir. Atualmente, está trabalhando na pluralidade de valores das IAs, principalmente os valores morais.

“A IA deve aprender que há casos que são mais claros e há casos que são mais discricionários. Deve aprender incerteza e distribuição de opiniões. Deixe-me aliviar um pouco o seu desconforto aqui, argumentando por meio do modelo de linguagem e da IA”. Diz ela ao ser questionada sobre como treinar as inteligências para tomar decisões morais.

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