Nesta segunda-feira (2), o governo do Egito anunciou que conseguiu reaver um antigo sarcófago de madeira que estava em exibição do Museu de Ciências Naturais de Houston, nos EUA, após as autoridades norte-americanas determinarem que o objeto foi roubado anos atrás.

Esse movimento de repatriação faz parte de uma iniciativa do governo egípcio para impedir o tráfico de antiguidades roubadas.

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Em 2021, o país africano conseguiu recuperar 5.300 artefatos roubados que estavam espalhados por todo o mundo. Segundo Mostafa Waziri, o principal funcionário do Conselho Supremo de Antiguidades, o sarcófago que estava nos EUA remonta ao final do período dinástico do antigo Egito, uma era que abrangeu o último dos governantes faraônicos, de 664 a.C até a campanha de Alexandre, o Grande, em 332 a.C.

“À luz do compromisso do Egito de devolver suas antiguidades contrabandeadas, o Ministério das Relações Exteriores do Egito (MFA) organizou uma cerimônia hoje por ocasião da entrega do “sarcófago verde” ao Ministério do Turismo e Antiguidades”, diz o comunicado publicado pelo embaixador Ahmed Abu Zeid, porta-voz do MFA. “Nossos sinceros agradecimentos às autoridades dos EUA por sua cooperação na devolução desta preciosa peça”.

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A devolução da relíquia de quase três metros de altura contou com uma cerimônia simbólica realizada no Cairo, por Daniel Rubinstein, o encarregado de negócios dos EUA no Egito.

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Acredita-se que o sarcófago pode ter pertencido a um antigo sacerdote chamado Ankhenmaat, mas há inscrições apagadas, então os arqueólogos e egiptólogos ainda não conseguiram confirmar a informação.

A entrega ocorreu mais de três meses depois que a Procuradoria do Distrito de Manhattan determinou que o sarcófago foi saqueado da Necrópole de Abu Sir, ao norte do Cairo. Primeiro, a relíquia foi contrabandeada para a Alemanha e seguiu viagem para os EUA em 2008, de acordo com o procurador distrital de Manhattan, Alvin L. Bragg.

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Outro caixão saqueado do Egito

Na época da descoberta, Bragg disse que “este caixão impressionante foi traficado por uma rede bem organizada que saqueou inúmeras antiguidades da região”. Ele complementou ao dizer que “estamos satisfeitos que este objeto será devolvido ao Egito, onde pertence legitimamente”.

Além disso, o procurador distrital pontuou outro crime cometido pela mesma rede. Aparentemente, um caixão dourado foi levado para fora do Egito e exibido no Museu Metropolitano de Nova York, que comprou a peça de um negociante de arte de Paris em 2017 por cerca de US$4 milhões. Esse item também foi devolvido ao país de origem, no ano de 2019.

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