O Ministério da Saúde planeja começar a aplicar as doses de reforço usando a nova vacina bivalente contra a covid-19 a partir do dia 27 de fevereiro. O anúncio foi realizado na quinta-feira (26) durante a primeira reunião ordinária da Comissão Intergestores Tripartite, na Organização Pan-Americana de Saúde (Opas).

As vacinas bivalentes aumentam a imunidade contra o vírus da cepa original, bem como da variante Ômicron. Segundo planejamento, as pessoas que irão receber, inicialmente, o imunizante são:

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  • Primeira fase — pessoas com idade acima de 70 anos, imunocomprometidos e moradores de comunidades indígenas, ribeirinhas e quilombolas;
  • Segunda fase — com data ainda a ser definida, a campanha será voltada a pessoas com idade entre 60 e 69 anos;
  • Terceira fase — gestantes e puérperas;
  • Quarta fase — profissionais de saúde. 

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Dirigindo-se aos secretários de Saúde estaduais e municipais presentes, o diretor do Departamento de Imunização e Doenças Imunopreveníveis, Éder Gatti, descreveu a situação dos estoques de vacinas do ministério, tanto para o tratamento da covid-19 como de outras doenças. Segundo ele, a situação deixada pelo governo anterior representa “risco real” de desabastecimento de alguns imunizantes. 

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Seringa com a vacina para a Covid-19
Imagem: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr

“Por estarem vencidas, mais de 370 mil doses da vacina AstraZeneca foram incineradas em dezembro passado. Encontramos estoque zerado de vacinas Pfizer Baby pediátrica e CoronaVac, impedindo a vacinação de nossas crianças. E o estoque de vacinas bivalente, para iniciar a estratégia de vacina de reforço, estava muito baixo, impedindo articulação e estruturação de uma política pública para a vacinação de nossa população”, descreveu o diretor. 

Estoque baixo também de outras vacinas 

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Gatti ainda sinalizou haver “risco real de desabastecimento de vacinas importantes de nosso calendário, porque os estoques estão baixos também para vacinas BCG, hepatite B, vacina oral contra poliomielite e a triviral”. 

A ministra da saúde, Nísia Trindade, acrescentou que a “primeira providência” da pasta é a de recompor estoques “para podermos planejar as ações”. 

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“Faremos ações de vacinação nas escolas, como uma das estratégias, e combinaremos múltiplas estratégias para que possamos dar esta proteção, pois a baixa cobertura vacinal das crianças não diz respeito apenas à covid-19. Infelizmente ela está em cerca de 40%, por exemplo, para sarampo e poliomielite, um dos índices mais baixos da nossa história, desde o início do Programa Nacional de Imunização”, completou. 

Via Agência Brasil

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