Satélites caçadores se preparam para guerra espacial

Empresa contratada pela Força Espacial dos EUA revela primeira missão orbital que ocorrerá ainda esse ano
Por Alisson Santos, editado por Lucas Soares 07/02/2023 11h15
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No início de 2022, o ex-major da Força Aérea dos EUA contratou a startup True Anomaly para solucionar os conflitos de guerra orbital mais desafiadores da Força Espacial americana. Agora, a empresa se prepara para a primeira atuação orbital. Na época da agregação da startup, o até então major publicou no Twitter:

https://twitter.com/BckRogers/status/1516442693294952450

A informação sobre a missão futura da empresa foi descoberta através do registro de um relatório na Comissão Federal de Comunicações dos EUA (FCC), que apresentou algumas informações sobre a missão.  A True Anomaly espera lançar duas espaçonaves com a função de perseguição orbital por um Jackal a bordo de um foguete SpaceX para a órbita terrestre. Algumas informações reveladas sobre a missão:

  • Os Jackals não serão utilizados para transportar armas ou lasers, mas utilizarão de novas tecnologias para firmar território;
  • Eles serão capazes de operações de proximidade de encontro (RPO), que é a capacidade de manobrar perto de outros satélites, além de treinar uma bateria de sensores sobre eles;
  •  Esse movimento pode ser usado para revelar os sistemas de vigilância e armas de seus rivais e também ajudar a interceptar as comunicações;

A primeira missão dos Jackals foi batizada de Demo-1 e será apenas espionar os demais, utilizando propulsores, radares e câmeras multiespectrais para se aproximar. Contando com o sucesso dessa missão, Roger projeta implementar milhares de espaçonaves autônomas, a serviço das forças armadas americanas.

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Essas ferramentas serão um novo viés tecnológico para compreender o pensamento e avanço de seus adversários. “Se você leva a sério o trabalho de defesa e proteção do domínio, tem que ter habilidade para fazer as funções conjuntas de manobra e tiros”, afirmou Rogers.

Até o momento, a startup que está a trabalho dos EUA não deu indícios de estar desenvolvendo armamento de guerra para um possível ataque, mas outras postagens recentes de Roger deixam questionamentos no ar: ”Desativar taticamente a espaçonave inimiga pode ser a diferença entre a perda de um Carrier Strike Group inteiro ou sua sobrevivência… E há muitas maneiras de destruir espaçonaves que não arruínam o ambiente. Afinal, eles são apenas computadores flutuantes”.  

Via: Ars Technica

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Alisson Santos
Redator(a)

Alisson Santos é estudante de jornalismo pelo Centro Universitário das Américas (FAM). Atualmente é redator em Hard News no Olhar Digital.

Lucas Soares
Editor(a)

Lucas Soares é jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e atualmente é editor de ciência e espaço do Olhar Digital.