Como as estrelas se formam e são destruídas

As estrelas nascem de nebulosas, vivem por milhões (ou até bilhões) de anos e morrem numa explosão gigantesca
Por Pedro Spadoni, editado por Bruno Ignacio de Lima 08/02/2023 13h25, atualizada em 22/03/2023 08h53
Nuvem nebulosa no meio de um céu estrelado
A vida das estrelas começa numa nebulosa (Foto: Stephen Rahn/Negative Space)
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Cada pontinho luminoso que você vê no céu, depois do pôr do sol, tem uma história. Isso porque estrelas não simplesmente aparecem. Elas têm um processo de formação e outro de destruição.

Tudo isso envolve nuvens de poeira (e gases), colapso gravitacional e fusão nuclear. Apesar do céu terrestre ficar salpicado de estrelas à noite, é de dia que vemos a única localizada, de fato, no Sistema Solar: o Sol.

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Vida das estrelas

Nebulosa com muitas estrelas dentro
As nebulosas são uma espécie de berçário para estrelas (Imagem: PxHere)

A formação delas começa nas nebulosas, nuvens compostas por poeira e gases. Elas são uma espécie de berçário de estrelas. Dentro delas, é o caos, do qual surgem nós globulares. Esses, por sua vez, podem sofrer colapso gravitacional – fase inicial da constituição de uma estrela.

Após milhões de anos de contração gravitacional, a temperatura na região central delas chega aos 15 milhões de graus Celsius (ou mais). E aí começam as reações de fusão nuclear. Graças à fusão, o colapso gravitacional para. E uma nova fase da vida da estrela começa.

Ela amadurece, por assim dizer. O Sol, por exemplo, levou 50 milhões de anos para atingir sua “maioridade”. E ele está longe de ser a maior estrela que conhecemos (saiba qual é a maior e menor estrela já descoberta).

Morte

Montagem com ciclo de vida das estrelas
O ciclo de vida das estrelas depende da sua massa e quantidade de ‘gás combustível’ (Imagem: Brasil Escola)

Nós, meros terráqueos, vivemos por décadas. Nossos corpos duram, no máximo, pouco mais de um século. Já o ciclo de vida das estrelas pode durar milhões – ou até bilhões – de anos. E sua fase madura ocupa cerca de 90% desse tempo.

O caminho para sua morte, porém, varia de acordo com a massa e quantidade de “gás combustível”. Por exemplo: existem aquelas onde rolam, no seu interior, fusão do hidrogênio para composição do hélio. Quando o hidrogênio acaba, o núcleo da estrela colapsa, enquanto a parte de fora se expande até ela virar uma gigante vermelha.

No caso das medianas e pouco massivas, o núcleo continua existindo. Mas ele passa a gerar átomos de carbono, por conta da fusão do hélio. Quando ele acaba, a massa da estrela vira uma nebulosa planetária. Já o núcleo vira uma estrela anã branca.

Já nas massivas, supergigantes vermelhas se formam. No núcleo, começam reações das quais saem elementos como o ferro. Por conta disso, a força da gravidade aumenta na estrela, fazendo ela se retrair. Por fim, ela explode numa supernova. Um quarto do que sobra dá origem a uma estrela de nêutrons ou a um buraco negro.

Fonte: Brasil Escola

Imagem de destaque: Stephen Rahn / Negative Space

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Pedro Spadoni
Redator(a)

Pedro Spadoni é jornalista formado pela Universidade Metodista de Piracicaba (Unimep). Já escreveu para sites, revistas e até um jornal. No Olhar Digital, escreve sobre (quase) tudo.

Bruno Ignacio é jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero. Com 10 anos de experiência, é especialista na cobertura de tecnologia. Atualmente, é editor de Dicas e Tutoriais no Olhar Digital.