Normalmente, quando pensamos em luzes no céu do Círculo Polar Ártico, lembrados da Aurora Boreal. No entanto, um outro fenômeno também tem chamado a atenção de quem olha pra cima nesses locais: as nuvens arco-íris.

Mais raras do que a Aurora, o fenômeno foi registrado em janeiro na Finlândia, Islândia e Noruega, conforme noticiado pelo Olhar Digital. As imagens do fotógrafo amador islandês Jónína Guðrún Óskarsdóttir chamaram bastante atenção na época.

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Nuvens arco-íris exibidas na China em agosto do ano passado
Nuvens arco-íris exibidas na China em agosto do ano passado (Imagem: Reprodução)

Mas afinal, o que são nuvens arco-íris?

O show de luz visto é graças ao Sol. Quando a luz solar atravessa os cristais de gelo nas nuvens ele refrate em diversos comprimento de ondas que representam as cores, formando as chamadas nuvens estratosféricas polares (PSC), mais conhecidas como nuvens arco-íris.

Por conta das nuvens se localizarem na estratosfera inferior, a luz solar pode se espalhar acima de um observador. Isso acontece mesmo que o Sol esteja além do horizonte, e por causa da pouca luminosidade, esse é justamente o momento em que as nuvens brilham mais.

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Essas nuvens também são conhecidas como nuvens de nacaradas, por causa das cores semelhantes à madrepérola, ou nácar, produzida por moluscos.

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Existem dois tipos de PSC, as Tipo I são constituídas de minúsculos cristais de gelo e ácido nítrico e podem estar relacionadas ao surgimento de buracos na camada de ozônio, essas nuvens resultam em menos luzes brilhantes no céu.

Já o Tipo II, são formadas apenas por cristais de gelos e produzem cores mais vivas quando a luz solar incide sobre elas. O tipo observado recentemente no Ártico é esse e elas são muito raras de acontecer.

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Geralmente as PSC Tipo II, acontecem nos meses mais frios do inverno, apenas duas a três vezes no ano no Ártico. Mas os cientistas acreditam que devido às mudanças climáticas e fenômenos climáticos mais intensos ocasionados por elas, ambos os tipos de PSC podem se tornar mais frequentes.

No entanto, de acordo com a NASA, se mais nuvens do Tipo I se formarem, a camada de ozônio da Terra pode sofrer um grande impacto e alterar completamente a dinâmica do planeta.

As nuvens arco-íris são frequentemente confundidas com as auroras, mas essas ultima surgem a partir da interação dos ventos solares com a proteção magnética da Terra, a magnetosfera.

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