O CEO da Amazon, Andy Jassy, entrou na conversa sobre IA generativa e ChatGPT, afirmando que apesar de ser algo “empolgante” no momento, a companhia já trabalhava neste tipo de modelo há muito tempo.

Jassy teceu este comentário em uma entrevista ao Financial Times, publicada nesta segunda-feira (13).

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  • A Amazon já trabalha em modelos de IA generativa como o ChatGPT há muito tempo, segundo o CEO da companhia
  • Ele afirmou que, apesar de empolgante, a maioria das empresas grandes como a Amazon, já trabalha nisso há tempos
  • A Amazon tem sua tecnologia de IA principalmente na Alexa
  • Apesar disso, investidores da companhia estão preocupados que a Amazon fique para trás neste departamento

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Acho empolgante o que é possível com IA generativa. E é parte do que você está vendo com modelos como o ChatGPT. Mas a maioria das empresas grandes e profundamente técnicas como a nossa trabalham nesses modelos de IA generativos muito grandes há muito tempo.

Andy Jassy, CEO da Amazon, ao Financial Times

Jassy destacou que a empresa também está buscando oportunidades de parceria com empresas menores para desenvolver essa área de negócios, mas não deu detalhes.

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Embora a Amazon já tenha tecnologia de IA e aprendizado de máquina – como a Alexa, sua assistente de voz e o CodeWhisperer, um gerador de recomendação de código – os apoiadores da empresa estão preocupados com o fato de a gigante da tecnologia estar ficando para trás no departamento de IA generativa, de acordo com o Financial Times.

IA generativa refere-se a algoritmos treinados para produzir novos textos, imagens, códigos, vídeos ou áudios. “A Microsoft está claramente na liderança e conquistou muita atenção aqui”, disse Matt McIlwain, diretor-gerente do Madrona Venture Group – um dos primeiros investidores na Amazon. Ele acrescentou que a Amazon precisa estar ciente da tendência de aplicativos inteligentes e generativos. [A Amazon] “precisa ter sua resposta estratégica”, disse ele.

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Os empreendimentos da Amazon em IA generativa incluem o Alexa – lançado em 2014. David Limp, vice-presidente sênior de dispositivos e serviços da Amazon, disse ao Times de Londres que a empresa está melhorando a Alexa tornando-a mais conversacional porque atualmente é muito “transacional” e só pode responder a perguntas.

Limp disse que, embora o ChatGPT seja um “concorrente saudável” da Alexa, ele carece da personalidade, memória e conhecimento dos eventos atuais que o Alexa possui. “Se você perguntasse a Alexa detalhes sobre a Copa do Mundo, quem marcou o gol em qual partida, Alexa saberia”, disse ele, acrescentando que, pelo menos até agora, o ChatGPT não.

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Amazon Alexa. Imagem: Shutterstock

Conhecimento em tempo real é tão importante quanto a capacidade de escrever um roteiro, o que o GPT faz muito bem. A Alexa é bastante personalizada hoje. Ele lembra coisas como sua música favorita.

David Limp, vice-presidente sênior de dispositivos e serviços da Amazon, ao Times

De acordo com Eugene Kim, do Insider, os funcionários da Amazon usaram canais internos recentemente para buscar orientação sobre como devem usar o ChatGPT no trabalho. Um advogado da empresa aconselhou os funcionários a não compartilhar dados confidenciais da empresa com o ChatGPT após instâncias de respostas semelhantes aos dados internos da Amazon.

Kim relatou que alguns funcionários usaram o chatbot da OpenAI como um “assistente de codificação”, solicitando que ele melhorasse as linhas internas do código. Na época, o advogado disse que a Amazon está desenvolvendo amplamente uma tecnologia semelhante ao ChatGPT, informou Kim.

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